O ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa, foi alvo de mandado de busca durante operação da PF (Polícia Federal) que apura atos antidemocráticos. O ex-prefeito foi intimado a prestar esclarecimentos durante oitiva a ser realizada na PF.

Em nota, Waldeli afirmou que “sempre se expressará para apoiar e defender a democracia, o estado democrático de direito e as liberdades individuais e coletivas previstas na Constituição do Brasil”.

A PF (Polícia Federal) cumpre em Mato Grosso do Sul 17 mandados de busca e apreensão contra pessoas envolvidas em bloqueio de rodovias estaduais e federais e manifestações obstruindo vias públicas. As medidas foram determinadas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

Jornal Midiamax apurou que há mandados sendo cumpridos no Jardim Itamaracá, em Campo Grande. De acordo com o portal UOL, são 104 mandados no total, no Distrito Federal e nos estados de Mato Grosso, Acre, Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Rondônia e Santa Catarina.

No Espírito Santo, deputados estaduais são alvos da operação. A decisão que autorizou a operação segue sob sigilo, portanto a relação completa das pessoas e empresas investigadas não foi divulgada.

Moraes ainda determinou o bloqueio de contas bancárias e a quebra do sigilo bancário de empresários que supostamente financiam os atos. A ação no STF foi aberta em novembro, contra os protestos contra o resultado da eleição presidencial de 2022.

Desde o segundo turno da eleição presidencial, em 30 de outubro, manifestantes protestam em todo o País contra o resultado. Houve bloqueio de rodovias – incluindo em Mato Grosso do Sul – e protestos em frente a quartéis, como no CMO (Comando Militar do Oeste).

Ministro do STF adiantou que havia “muita gente para prender”

Ontem, quarta-feira (14), Moraes disse durante palestra que “ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar”. Ele não especificou atos ou pessoas, mas a afirmação veio logo depois da fala do ministro Dias Toffoli, que lembrou da invasão ao Capitólio dos Estados Unidos, em 2021.

Na segunda-feira (12), manifestantes queimaram carros e ônibus em Brasília (DF). Um prédio da PF foi depredado, mas até agora, ninguém foi preso.