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Polícia

Ex-militar é condenado a 23 anos por matar Natalin e vai pagar R$ 15 mil para a filha

Juiz relembrou que a filha foi levada no carro com a mãe já morta no porta-malas
Renata Portela -
Tamerson foi condenado pela morte de Natalin - Foto: Henrique Arakaki/Midiamax

No fim da tarde desta sexta-feira (25), o ex-militar da FAB (Força Aérea Brasileira) Tamerson Ribeiro Lima de Souza, 32 anos, foi condenado a 23 anos e quatro meses pela morte da esposa. Ele matou Natalin Nara Garcia, de 22 anos, em fevereiro deste ano.

O Conselho de Sentença decidiu por condenar Tamerson pelo homicídio qualificado por motivo torpe e por asfixia. Também por ter sido cometido na presença da criança e pela ocultação de cadáver.

No entanto, os jurados acolheram tese da defesa, afastando a qualificadora de violência doméstica e familiar. Na sentença, o juiz Aluizio dos Santos Pereira, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, relembrou a intenção do ex-militar na morte.

“O dolo foi tão intenso que, inclusive, após a morte dela colocou o corpo no porta-malas do veículo e após o amanhecer do dia levou a filha na escola, com a morta no porta-malas”, pontuou.

Ao todo, Tamerson foi condenado a 23 anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado. Ele ainda deve pagar indenização de R$ 15 mil para a filha.

Avó disse que Natalin tinha medo de se separar

Alcilene Albuquerque de Freitas, avó de Natalin, disse durante o julgamento que a jovem tinha medo de separar e ser morta pelo ex-militar da Aeronáutica.

A avó contou que ela incentivava Natalin a se formar, fazer uma faculdade, e que criou a neta como se fosse sua filha. Natalin estava no último semestre de enfermagem.

Alcilene ainda contou que passou a virada do ano com Natalin e que, em uma das conversas que teve com a neta, ela revelou que o casamento não estava bem.

Ainda segundo a avó, Natalin falou que queria se separar, mas tinha medo de Tamerson matá-la. Ela, então, respondeu à neta: “Não, minha filha, ele jamais faria isso com você”.

Quando Natalin foi assassinada, a avó relatou que ligaram informando que ela tinha sofrido um acidente. “Saímos de lá () no desespero”, disse Alcilene.

Durante seu depoimento no júri, ela faz um questionamento. “Por que ele fez isso? Já que não ia dar certo, por que ele impediu uma vida? A menina ia se formar agora, e deixou uma criança de 4 anos”, falou aos jurados.

Ainda segundo a avó de Natalin, a filha da vítima sempre pergunta pela mãe, falando da saudade que sente e como resposta ouve: “Sua mãezinha está lá no céu”.

Alcilene disse que até hoje sofre com a ausência da neta.

Levou filha para a escola com Natalin dentro do porta-malas

Após matar Natalin com um mata-leão, o ex-militar da Aeronáutica enrolou o corpo em um lençol, colocou no porta-malas e esperou o dia clarear. Ele ainda simulou conversas no fingindo ser Natalin para despistar a polícia.

Tamerson relatou que quando Natalin chegou à residência do casal, ela teria passado a xingá-lo, ofendê-lo e estapeá-lo, momento em que teria tentado segurá-la aplicando um mata-leão. Natalin caiu desacordada e Tamerson teria tentado acordá-la, mas acabou percebendo que a jovem estava morta.

O militar, então, a teria enrolado em um lençol e colocado o corpo dentro do porta-malas do carro. Ele esperou o dia clarear e levou a filha de 4 anos para a escola, com o corpo escondido no carro.

Depois foi até a rodovia e pegou uma de chão, onde desceu, retirou o corpo e o arrastou até o matagal, onde o abandonou.

Feminicídio

O crime aconteceu na madrugada do dia 4 de fevereiro, na residência do casal, no Residencial Oliveira. Conforme a denúncia, Tamerson e Natalin conviviam maritalmente há quatro anos e tinham uma filha.

Naquele dia, a vítima chegou em casa de madrugada e o casal teve uma discussão, quando Tamerson estrangulou a esposa com os braços, em um golpe de ‘mata-leão’.

Tamerson esteve preso na Base Aérea de , quando foi detido em flagrante após o corpo de Natalin ser encontrado, mas foi transferido ao presídio após a exclusão da FAB.

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