Estudo mostra que cocaína paraguaia contém até querosene

A polêmica sobre a existência de outros produtos no entorpecente ganhou notoriedade depois da confirmação de 24 mortes na Argentina

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Pesquisador forense analisa cocaína paraguaia
Pesquisador forense analisa cocaína paraguaia

Um levantamento feito pelo Laboratório Forense Especializado, e coordenado pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai), revela que parte da cocaína produzida no país, que é comercializada no Brasil e também em outros países, contém outras substâncias.

A polêmica sobre a existência de outros produtos no entorpecente ganhou notoriedade depois da confirmação de 24 mortes por envenenamento ocorrida na Argentina nos últimos dias após o consumo de cocaína. A polícia tem evidências de que a droga foi produzida no Paraguai.

Os dados laboratoriais da Senad apontam que em algumas mostras pesquisadas foram encontradas substâncias como cafeína, lidocaína, fenacetina, levamisol e paracetamol. Em outras também foram identificados produtos como ácido sulfúrico, ácido clorídrico, acetona e querosene.

Na semana passada, autoridades policiais da Argentina identificaram o paraguaio Joaquin Aquino, de 33 anos, conhecido como Paisa, como suspeito de ser o dono da cocaína consumida na argentina e que levou mais 100 pessoas para os hospitais, provocando 24 mortes por envenenamento.

Contra Paisa existem acusações antigas de tráfico de drogas e de envolvimento com grupos organizados que lideram a distribuição de drogas na América do Sul e também na Europa. Além de arrecadar dinheiro, ele também é apontado como responsável pela logística dos grupos com quem mantém parceria.