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Polícia

Acusada pelo assassinato de chargista é condenada a 16 anos de prisão em Campo Grande

Filho da vítima declarou estar decepcionado com pena: 'esperava muito mais'
Marcos Tenório, Renata Portela -
Mãe e filho foram condenados - Foto: Henrique Arakaki, Midiamax

Foi condenada ao total de 16 anos e 6 meses de Clarice Silvestre de Azevedo, de 46 anos, pelo assassinato do chargista Marco Antônio Borges, de 54 anos. Ela e o filho, João Victor Silvestre de Azevedo, de 22 anos, foram a júri popular nesta quinta-feira (2), um ano e meio após o crime.

O Conselho de Sentença decidiu por condenar Clarice pelo homicídio duplamente qualificado – por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima – além de ocultação e destruição de cadáver. Conforme a sentença do Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, pelo homicídio Clarice vai cumprir 15 anos de prisão em regime fechado.

Já pelo crime de ocultação e destruição de cadáver, que também foi condenada, cumprira mais 1 ano e 6 meses, totalizando 16 anos e 6 meses de prisão. O filho, João Victor, também foi condenado pela ocultação a 1 ano e 6 meses, que cumprirá em regime aberto. Nos dois casos foi considerada a confissão dos réus sobre os crimes.

“A gente esperava muito mais, acredito que não é nem o mínimo pelo que aconteceu, pelo que eles fizeram”, declarou Kelvis Antônio Borges, filho de Marco Antônio. Para ele, a pena de João Victor foi muito pequena. “Muito pouca pelo que ele fez e também pelo que deixou de fazer, porque podia ter evitado a barbaridade que aconteceu”, lamentou.

“Mas é um começo”, disse também. Kelvis lembrou a perda do pai, que para ele destruiu a família. “Perdemos alguém querido na família inteira”, disse.

Família de Marco pedia justiça

O pai do chargista, Alcino Borges, de 86 anos, contou ao Jornal Midiamax que Marco Antônio era muito amoroso, que tinha uma ótima relação com o chargista e que sempre almoçava com ele. Ainda segundo o idoso, a de Marco acabou morrendo em abril deste ano, antes de ver o julgamento pela morte do filho.

A cunhada do chargista, Darilza Borges, contou que a sogra morreu de depressão, após o assassinato de Marco Antônio. “Minha sogra morreu querendo justiça. Ela sofreu muito e agora meu sogro está sozinho”.  Ainda segundo Darilza, a ré tentava criar relação com a família de Marco, que não queria assumir Clarice já que ela seria só um caso dele.

No dia que ficaram sabendo da morte de Marco Antônio, a família teria ligado para Clarice perguntando sobre o assassinato, e ela teria negado.

Chargista foi assassinado e esquartejado

Corpo do chargista foi ocultado
Corpo de chargista foi ocultado em malas e queimado – Arquivo, Danielle Errobidarte

Na manhã de 21 de novembro de 2020, Clarice matou Marco na casa, no Bairro São Francisco. Com a ajuda do filho João Victor, ainda destruiu e ocultou o cadáver da vítima.

O relato na denúncia é de que Marco era cliente da massagista Clarice e mantinha um relacionamento amoroso com ela. No entanto, ele não queria assumir a relação oficialmente, o que incomodava Clarice. No dia do crime, eles combinaram uma massagem e a vítima foi até a casa da autora.

Após a massagem, Marco foi tomar banho na parte de cima da casa de Clarice. Ao sair, os dois começaram a discutir sobre o relacionamento e Clarice empurrou a vítima da escada. Em seguida, esfaqueou o chargista, o atingindo nas costas e no tórax. A denúncia aponta que Marco permaneceu agonizando no local e Clarice colocou um lençol sobre o corpo dele.

Ela saiu para comprar sacos de lixo, já com a intenção de ocultar o cadáver da vítima e ligou para o filho. O rapaz foi até a casa da mãe e os dois cortaram o corpo de Marco em várias partes, lavaram e colocaram em sacos e depois em malas de viagem. Mãe e filho levaram o corpo da vítima até o Tarumã, após pedirem corrida por um aplicativo.

Eles esconderam as malas, esperaram até a madrugada e atearam fogo. Clarice saiu da cidade e só foi presa em São Gabriel do Oeste. Após a prisão, ela confessou que agiu por ódio vingativo e ciúmes da vítima porque queria que o relacionamento fosse oficializado.

Clarice foi denunciada por homicídio triplamente qualificado, por meio cruel, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, além da destruição e ocultação de cadáver. O filho foi denunciado pela destruição e ocultação de cadáver.

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