Envolvido com tráfico há 19 anos se torna réu após ser preso em operação da PF  

Ele é apontado como chefe da organização criminosa

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Apreensões feitas na Operação Urano – Divulgação/PF

Cinco investigados no âmbito da Operação Urano, da Polícia Federal, se tornaram réus pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. O grupo foi preso em novembro de 2021 e agora são réus Ariel Nogueira Rodrigues e a esposa, Aline Silva Machado; Nilson Gomes da Vieira e a esposa, Cristina Meireles; e Geovani dos Santos Moreno.

Conforme o MPF (Ministério Público Federal), Ariel Nogueira foi denunciado pelos crimes de tráfico internacional, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Ele é considerado o chefe da organização criminosa e tinha vários bens móveis e imóveis, adquiridos com dinheiro do tráfico.

Todos os bens de Ariel eram adquiridos em nome de terceiros ou ficavam em nome dos antigos proprietários, para dificultar o rastreamento. A esposa Aline foi denunciada por lavagem de dinheiro e era responsável por administrar o patrimônio ilícito do marido, sendo compradora e/ou procuradora dos ex-donos dos bens para “administrar e livremente dispor”, aponta a acusação.

Já Nilson era motorista e o suporte operacional da organização e foi denunciado pelos crimes de tráfico internacional e associação para o tráfico. Junto com a esposa, denunciada pelos mesmos crimes, ele transportava cargas, lícitas e ilícitas, a pedido de Ariel.

Geovani, denunciado por associação para o tráfico internacional e lavagem de dinheiro, é proprietário de uma oficina mecânica que realizava reparo nos veículos da organização criminosa, além de ceder o nome para registro de caminhão de propriedade de Ariel.

Passagens por tráfico há 19 anos

As investigações começaram em janeiro de 2020 e levaram à prisão em flagrante, em julho daquele ano, em Naviraí, de um motorista que transportava 221 kg de maconha em um fundo falso de um caminhão. O veículo era registrado em nome da empresa de Geovani, mas pertencia a Ariel Nogueira, que também era o dono do carregamento de maconha.

Ainda conforme o MPF, as investigações foram prioritariamente baseadas nas informações adquiridas após quebra de sigilo telefônico dos envolvidos, além de medida de busca e apreensão. Ariel, que está envolvido com atividades ligadas ao tráfico de drogas ao menos desde 2003, tinha mandado de prisão em aberto e foi preso na Operação Urano, permanecendo detido até hoje.

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