Em notas, Polícia Civil de MS e Adepol defendem versão de delegado em briga de trânsito
Entidades alegam que procedimento de interceptação ao carro com garota de 24 anos foi correto
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Em notas publicadas na noite de quarta-feira (16), pela Polícia Civil, e na manhã desta quinta-feira (17), sobre o episódio da briga de trânsito com tiros envolvendo o delegado-geral, Adriano Garcia Geraldo, tanto a Adepol (Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul), como a PC defenderam a ação do chefe da polícia no Estado.
Na nota publicada na manhã desta quinta (17) pela Adepol, é reforçado que Adriano fez a interceptação do carro da jovem de forma correta já que ela estaria colocando em risco outras pessoas na via. A nota ainda afirma que o delegado-geral teria se identificado como policial ao usar sinais luminosos e sonoros da viatura.
A jovem disse ao Jornal Midiamax que achava que se tratava de uma ambulância, e que não sabia que carros normais podiam ter este tipo de sinalização, e que Adriano não se identificou como policial, ao contrário do que foi relatado por Adriano na delegacia.
Já a nota da Polícia Civil diz que fez os disparos contra os pneus do carro após a jovem tentar atropelá-lo, e que durante a abordagem o delegado-geral teria se apresentado como policial para a motorista do carro, que teve três pneus furados por tiros disparados por Adriano.
No entanto, no relato da jovem ao Jornal Midiamax como no registro do boletim de ocorrência, feito de acordo com o próprio delegado, ele teria feito um disparo com o carro em movimento e dois disparos quando o carro da jovem já estava parado. Na versão da ocorrência, foi confirmado que Adriano buzinou após ser ‘fechado’ e que a motorista de 24 anos teria ‘mostrado o dedo’ após levar a buzinada. O histórico afirma que o delegado atirou por duas vezes depois que ela já tinha parado o carro, e um dos disparos quando ela tentou fugir.
Segundo a versão da Polícia Civil, o delegado-geral teria atirado porque achou que a jovem, mesmo com o carro trancado pelo carro dele, estaria “virando o volante para o lado dele e engatando ré”. No entanto, pouco antes, ele mesmo diz que não sabia quantas pessoas poderiam estar no carro porque tinha Insulfilm, ou seja, contraditoriamente, diz que não seria possível ver o interior do veículo.
Durante o atendimento da ocorrência dos disparos feitos pelo delegado-geral, os policiais que atenderam à ocorrência do chefe recolheram a memória de uma câmera que ela tinha no para-brisa do carro, e o celular da jovem.
Nota da Adepol
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