‘Dor não vai passar’, diz filha de enfermeira morta em acidente um dia antes de júri
“A dor não vai passar, não vai trazer ela de volta, mas o que a gente quer é justiça pra ter o alívio no coração”. Estas são palavras de Raíssa Miranda, 23 anos, que há pouco mais de um ano, no dia do seu aniversário, enterrou a mãe, a enfermeira Carla Jaqueline Miranda, vítima de […]
Renata Portela –
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“A dor não vai passar, não vai trazer ela de volta, mas o que a gente quer é justiça pra ter o alívio no coração”. Estas são palavras de Raíssa Miranda, 23 anos, que há pouco mais de um ano, no dia do seu aniversário, enterrou a mãe, a enfermeira Carla Jaqueline Miranda, vítima de um grave acidente aos 40 anos de idade.
Nesta quarta-feira (20) é realizado o julgamento de Wilson Benevides de Souza, de 31 anos, motorista da BMW que está preso por provocar o acidente que vitimou Carla. Em alta velocidade, na contramão e fazendo ultrapassagem em local indevido, ele atropelou a enfermeira, que não resistiu aos ferimentos.
Ao Jornal Midiamax, Raíssa contou que está muito ansiosa para o júri e relembrou a dor que passou nestes um ano e dois meses. A jovem trabalha como manicure e fechou a agenda nesta terça-feira. “Não consegui atender. Não sei se sinto medo, se me sinto aliviada por encerrar esse ciclo”, disse.
Raíssa recebeu a notícia da morte da mãe, Carla, dois dias antes do aniversário. O velório aconteceu no dia em que completava 22 anos. “Foi a pior dor do mundo. No dia que recebia a notícia na delegacia eu não sabia respirar, não sabia andar, não sabia fazer nada. Me senti perdida, não sabia o que fazer”, lembra.
A jovem já não morava com a mãe, mas lembra que o contato era diário. Enfermeira, Carla trabalhou no atendimento a pacientes com Covid. “Minha mãe nunca teve nenhum tipo de atitude errada. Ela estava no auge da carreira. É muito injusto”, disse. Raíssa contou ainda que participou das audiências online, mas que pela primeira vez vai der pessoalmente Wilson.
Sobre o julgamento, relatou que espera que a justiça seja feita, de forma favorável para a família de Carla. “Que seja julgado da melhor maneira, mas não vai tirar a dor da gente”, disse. “É um sentimento de revolta, por que esse cara estava na rua com esse tanto de passagem? Por que estava correndo daquele tanto?”, lamentou.
O julgamento de Wilson acontece na 2ª Vara do Tribunal do Júri nesta sexta-feira. O júri estava inicialmente marcado para o dia 9 de março, mas foi adiado a pedido da defesa do réu. Na última semana, no dia 12, o novo advogado que assumiu o caso tentou novamente adiar o julgamento, mas o pedido não foi acatado.
Acidente que vitimou Carla
A denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) detalha o acidente, ocorrido na noite daquele dia 24 de janeiro de 2021, na Avenida Prefeito Heráclito Diniz Figueiredo, perto do cruzamento com a Rua Veridiana, no Estrela do Sul. Na direção de uma BMW, Wilson atropelou e matou a enfermeira Carla.
Conforme registrado pela acusação, Wilson conduzia a BMW com excesso de velocidade, na contramão e fazendo ultrapassagem em local proibido. Foi ao invadir a pista contrária que ele atingiu Carla, que conduzia a Biz. Ainda foi identificado que o motorista não tinha habilitação para dirigir.
Assim, por todos os fatos relatados, foi configurado crime doloso, por entendimento de que o motorista assumiu os riscos do acidente. Além de todos os fatores, ele estava sob efeito de álcool, apontou o MPMS. Restou apurado que Wilson passou por uma viatura policial, quando acelerou para tentar fugir da equipe, por não ter CNH.
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