Pai e filho, proprietários de um hotel em Campo Grande, são acusados de LGBTfobia após injuriarem um ex-funcionário, de 33 anos. A vítima alega ter sido agredida com tapas e pontapés enquanto fazia compras em um atacadista nessa quinta-feira (8).

Segundo informações do boletim de ocorrência, registrado pelo ex-funcionário, ele estava no supermercado quando avistou um homem que acreditou ser algum conhecido, mas não reconheceu no momento. O homem teria perguntado para a vítima o porquê estava olhando para ele e dito “você é viado (sic)”.

A vítima disse ter ficado sem graça e falou ao homem que não o conhecida. Já na fila do caixa, o mesmo homem teria jogado o carrinho de compras no pé da vítima e dado um tapa em seu braço. Em seguida, ele questionou o pai, que estava junto ao homem, o motivo da agressão.

O idoso teria dito “o que foi? Machucou a boneca? (sic)”. Do lado de fora, no estacionamento, o homem continuou agredindo a vítima, dessa vez com pontapés e o xingado. Quando a Polícia Militar chegou, pai e filho já tinham ido embora, mas foram identificados pela placa do veículo.

Posteriormente, a vítima reconheceu os dois suspeitos. Eles haviam sido seus patrões, quando trabalhava em um hotel, e houve um desacordo trabalhista, o que fez o rapaz acreditar que pode ter sido esse o motivo das agressões. Câmeras de segurança do supermercado filmaram a situação. Os dois podem responder por injúria qualificada pela LGBTfobia e vias de fato.

LGBTfobia é crime

A LBGTfobia está enquadrada na Lei nº 7.716/1989 e prevê pena de um a três anos e multa. Também incorre na mesma pena quem induzir ou incitar a discriminação contra esse grupo. O crime é definido como injúria, por ofender a dignidade de alguém na utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem.