Pular para o conteúdo
Polícia

Defesa vai insistir em tese de que corpo de Marielly não tinha DNA do cunhado acusado de aborto

Defesa diz que Hugleice recebeu pedido de ajuda de Marielly
Clayton Neves, Thatiana Melo -
Momento em que Hugleice chega ao tribunal (Henrique Arakaki, Midiamax)

A defesa de Hugleice da Silva, acusado pela morte de Marielly Barbosa após um aborto malsucedido, disse ao Jornal Midiamax nesta quinta-feira (15), quando acontece o julgamento pelo crime, que nunca foi encontrado material genético de seu cliente no corpo da vítima, que morreu em 2011. 

José Roberto da Rosa, advogado de Hugleice, relatou que seu cliente, apenas, recebeu um pedido de ajuda da cunhada de quem era muito amigo. Ainda segundo Rosa, em um primeiro depoimento, Hugleice confessou em uma única vez ter mantido relações com a cunhada, mas que depois foi obrigado a assinar o depoimento. 

Ainda segundo o advogado, Hugleice nunca disse ser o pai da criança que Marielly esperava e que na época a ajudou e foi pago pelo procedimento R$ 500. Ainda segundo o advogado, durante o processo foi se ‘ventilado’ nomes de filhos de políticos e de advogados influentes que poderiam ser o pai do filho de Marielly, mas que nunca foi possível fazer a confrontação de material genético, nem com o DNA de Hugleice, já que o corpo estava deteriorado.

A defesa de Jodimar falou que ele nunca confessou participação no aborto e que sempre negou o crime. David Olindo, advogado de defesa, ainda disse que a estratégia é sustentar o que o cliente sempre afirmou. Pelo crime de ocultação de cadáver, Jodimar já não responde já que o crime prescreveu. 

Jodimar responde pelo crime de aborto que tem como pena de 2 a 8 anos já que ocorreu a morte da mãe. “Mesmo com todo sofrimento no tempo que passou preso, nunca assinou termo de confissão”, disse o advogado.

A previsão é de que o julgamento termine entre as 22 horas e meia-noite.

Clima na cidade

O clima na cidade de é de surpresa para moradores com o julgamento de Hugleice da Silva e Jodimar Ximenes, nesta quinta-feira (15), pela morte de Marielly Barbosa Rodrigues, 19 anos, em 2011, após um aborto malsucedido. O crime que teve repercussão internacional mudou a manhã dos moradores.

Foram 11 anos de espera para que a família pudesse ter a Justiça feita pela jovem que teve o corpo encontrado em meio a milharal após duas semanas de desaparecimento. Raquel Acosta Alves, de 49 anos, professora, contou ao Jornal Midiamax que se tornou um escândalo na época e que se lembra já que foi bem no ano em que mudou para a cidade.

“Além de matar a Marielly, ele ainda maltrata a atual esposa (irmã da vítima). Ele é uma pessoa má”, disse a professora. Ela ainda falou que acha triste a demora em julgar os culpados. David ainda relatou que materiais encontrados na época na casa de Jodimar: alicate, tesoura, espátula e palitos, seriam porque ele tinha um salão de cabeleireiro.

Investigação, descoberta de traição e aborto

A investigação policial aponta que Marielly teve relação com o próprio cunhado, Hugleice. Dessa relação extraconjugal, resultou uma indesejada da jovem, comprovada por meio de um exame médico feito em fevereiro de 2011. No mês seguinte, em março, Marielly conheceu um rapaz com quem começou a namorar.

A gravidez era mantida em sigilo, mas a jovem chegou a confidenciar para uma amiga, dizendo que “se a criança nascesse seria uma ‘bomba’ para a família”. Foi então que ela e o cunhado teriam optado pelo aborto. Hugleice então conhece Jodimar, que morava na época em Sidrolândia.

No dia 19 de maio, conforme identificado pela perícia no celular de Hugleice, ele teria passado o dia em Sidrolândia. Já no dia 20, Hugleice e Marielly trocaram um total de 18 ligações telefônicas. No dia seguinte, em que a jovem desapareceu, eles foram até Sidrolândia na casa de Jodimar, também conforme apontado pelo e Polícia Civil.

Na residência, o então enfermeiro teria feito o procedimento de aborto na jovem. Uma prima de Jodimar que teria ficado ali para fazer a limpeza do local relatou que viu a vítima passando mal. O que se apurou é que Marielly, logo após o aborto, passou mal e faleceu. Ali, Hugleice e Jodimar colocaram o corpo da jovem na camionete do cunhado e levaram até a área de mata nas margens da rodovia MS-162, onde o corpo foi desovado.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Ucrânia e Rússia encerram nova rodada de negociações diretas de paz em Istambul

Agetran diz que quebra-molas que provocou acidente com morte em Dourados tinha sinalização

Aeroporto

Azul suspende em julho voos diretos de Campo Grande para Curitiba

UEMS

UEMS abre mais de 600 vagas para portadores de diploma em 59 cursos de graduação

Notícias mais lidas agora

Para escapar de indenizar clientes, Consórcio Guaicurus diz à Justiça que ‘não transporta passageiros’

Morto a tiro: professor, líder do Comando Vermelho, contrabandeava armas da fronteira com MS

carlos alberto de assis

Justiça suspende liminar e mantém Carlos Alberto Assis na Agems

Ao menos 34 pessoas morrem por deslizamento de terra na Índia

Últimas Notícias

Brasil

‘Merece cadeia’, diz Nikolas Ferreira sobre primo preso por tráfico de drogas

Parlamentar afirmou que "qualquer pessoa que cometer crime tem que pagar por isso"

Cotidiano

Leilão oferta casas e apartamentos com lances a partir de R$ 73 mil

As condições de pagamento incluem opção à vista com 10% de desconto ou parcelado em 78 vezes

Publieditorial

Publicidade com pagamento por clique como uma ferramenta avançada de promoção de negócios

Hoje em dia, muitas pessoas, especialmente os profissionais de marketing, conhecem o PPC.

MidiaMAIS

Padres redentoristas deixam cidade e vendem prédios históricos em Mato Grosso do Sul

Novo dono revela o que pretende fazer com os prédios históricos após a compra