Defesa tenta liberdade para ex-assessor de vereador preso com cocaína em casa
Ele também é presidente do bairro
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Nesta quarta-feira (26), a defesa de Rosbon José Ximenes, 31 anos, entrou com pedido de revogação da prisão preventiva do ex-assessor. Ele foi denunciado pelo tráfico de drogas, após ser preso em casa, no São Conrado, com 41 quilos de cocaína.
O advogado Lucas Santos cita no pedido que Robson é réu primário, tem endereço fixo e trabalho lícito, relatando o cargo de assessor. No entanto, o acusado foi exonerado do cargo após a prisão em flagrante. A defesa também relata que ele é presidente do São Conrado.
É pontuado ainda que Robson tem dois filhos pequenos, de 5 e 4 anos, e que cometeu crime sem violência ou grave ameaça. O pedido é para revogação da prisão ou aplicação de medida cautelar diversa da prisão, como monitoramento por tornozeleira eletrônica.
“Não há elemento concreto que demonstre que a liberdade do custodiado represente perigo à conveniência da instrução criminal”, cita o advogado. Ainda é aguardada manifestação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e decisão.
Denunciado por tráfico
O MPMS ofereceu denúncia contra Robson na terça-feira (25). Ele foi denunciado no artigo 33 da Lei 11.343/2006, relacionado ao tráfico de drogas, por fornecer ou entregar a consumo, mesmo que de graça.
A prisão em flagrante aconteceu por volta das 23 horas do dia 4 de janeiro, quando os policiais faziam rondas pela região e flagraram um dos autores, de 32 anos, saindo de uma casa em um veículo Prisma em alta velocidade. Foi dada ordem de parada e nada no carro foi encontrado.
Já na casa de onde o veículo saiu, os militares encontraram duas caixas com 41 quilos de cocaína. O morador, Robson, contou que emprestava a casa para o amigo que tinha livre acesso ao local, e que não sabia o que tinha nas caixas.
O preso que estava dirigindo o carro deu outra versão, alegando que o presidente do bairro teria ligado para ele pedindo que fosse buscar na região do Santa Luzia caixas com doações, que foram deixadas na casa.
Ele relatou que trabalhava para Robson, com favores, e que ele teria oferecido cargos comissionados para o comparsa assumir a droga apreendida. José Torres Júnior disse em depoimento que, quando ele e Robson estavam na viatura da Polícia Militar sendo levados para a delegacia, o assessor teria pedido para que assumisse a propriedade da cocaína.
Para isso, Robson arrumaria um cargo comissionado para a esposa de José. Na delegacia, a mesma ‘oferta’ teria sido feita a José, que acabou contando os fatos para a polícia e não assumiu a droga.
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