Uma criança de 5 anos ficou com o rosto cheio de hematomas após cair de um berço do HRMS ( de Mato Grosso do Sul). O fato aconteceu na noite do dia 1º de janeiro, mas a família da menina procurou a delegacia na tarde desta terça-feira (4).

A autônoma Alice Centurião Alves, de 21 anos, é mãe da criança e explica que todas as noites a menina precisa ir até o , pois a filha sofre de síndrome do intestino curto e precisa se alimentar pela veia.

Na noite do último dia 1º, a criança estava acompanhada de uma babá, quando passou mal e acabou caindo de uma altura que, segundo a mãe, seria de mais de um metro.

“Todas as noites ela precisa ir até o hospital se alimentar. Ela fica das 20h às 6h da manhã. Eu já tinha pedido três vezes para trocarem o berço, porque ele está com a grade de segurança quebrada, mas não trocaram. Minha filha foi vomitar e acabou caindo, batendo o rosto no chão”, disse a mãe.

No momento da queda, ainda de acordo com os relatos da mãe, a menina estava acompanhada de uma babá. Ela também destaca que após o tombo o hospital não realizou exames na criança.

“O hospital não realizou exames, eu que tive que correr atrás. Deixei minha filha toda bonitinha no hospital e ela voltou com o rosto todo machucado”, lamentou.

Alice procurou a 6ª Delegacia de Polícia Civil para registrar a ocorrência.

Outro lado

O Hospital Regional alega que prestou toda assistência à criança e que a grade do berço cedeu após a menina se apoiar para vomitar quando estava sozinha. Leia o posicionamento do HR na íntegra: 

Conforme relato da equipe de da pediatria do HRMS, o caso ocorreu na madrugada de sábado (1) para domingo (2). A criança, que necessita de acompanhamento e para fazer dieta parental, começou a passar mal e a cuidadora, indicada pela mãe, se ausentou para chamar o enfermeiro, nesse intervalo a criança se apoiou no berço para vomitar e a grade cedeu.

A equipe médica deu toda a assistência à criança, exames de imagens foram feitos e não houve intercorrências por conta da queda. A cuidadora foi orientada a esperar por uma avaliação mais aprofundada no período da manhã, mas não quis esperar, saindo do hospital com a criança sem a alta médica.

Vale ressaltar que o processo de hospitalização na infância retrata um evento difícil, com consequências profundas, que necessitam ser compreendidas em sua totalidade. Assim, a inclusão, o acolhimento e a participação do acompanhante garantem a integralidade da assistência prestada à criança, com o propósito de atender às suas necessidades físicas, psicológicas e sociais. Os cuidadores, que são responsáveis pelos cuidados da criança durante o período de internação, são instruídos para colaborar com a assistência, sendo orientados sobre os procedimentos de rotina que serão executados na criança, quanto a manipulação do berço, utilização do banheiro e dos espaços do hospital.

Reiteramos que todos os casos nos campos, administrativo e assistencial são pautados nos ditames éticos e legais vigentes para tomar as devidas providências. Como a família fez o boletim de ocorrência, nos colocamos a disposição das autoridades competentes para dirimir dúvidas do caso relatado.

 

Matéria editada às 17h29 para acréscimo de informações.