Pular para o conteúdo
Polícia

Coronel dos bombeiros já teria sido preso outra vez por descumprir medida protetiva

Ele foi detido em flagrante e levado ao Presídio Militar
Renata Portela -
Caso é investigado pela Deam - Foto: Arquivo/Henrique Arakaki, Midiamax

Preso em nesta segunda-feira (30) por violência doméstica, coronel do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, de 55 anos, já teria sido detido outra vez, pelo mesmo crime. Ele tentava evitar que a ex-mulher se mudasse de casa, quando acabou detido e levado ao Presídio Militar.

Na terça-feira (31), o coronel deve passar por audiência de custódia. Ele foi interrogado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e encaminhado ao Presídio Militar, onde aguarda a audiência. Segundo a delegada Sueili Araújo, que atendeu à ocorrência, esta já é a segunda em flagrante do coronel.

Coronel tentou evitar que ex-mulher se mudasse

O coronel do Corpo de Bombeiros acionou a Polícia Militar para relatar que está em fase de da ex-mulher e ela estaria retirando os móveis e pertences da casa. Como ele não podia ir ao local, pediu apoio da polícia, já que a vítima tem contra ele medida protetiva.

Assim, o militar queria que os policiais evitassem a retirada dos móveis da casa. Os policiais ainda orientaram o coronel a não se aproximar da casa, por conta da medida protetiva. Quando a equipe chegou, constatou que havia um caminhão de mudanças retirando os móveis da casa.

A vítima apresentou a cópia da medida protetiva de urgência e contou que a casa é alugada e que se mudaria para um local mais em conta. No documento que determinava afastamento do coronel da ex-mulher, também constava decisão de deixar a vítima na posse da residência, portanto responsável pelos pertences.

Os militares então constataram que não era medida de competência da PM determinar a partilha de bens ou onde a vítima deve morar ou deixar os móveis. Durante atendimento da ocorrência, o coronel dos bombeiros chegou ao local, filmando com o celular.

Assim, foi preso em flagrante pelo descumprimento de medida protetiva e encaminhado para a Deam e, depois, ao Presídio Militar. Ele deve passar por audiência de custódia.

Caso recente de bombeiro denunciado por violência doméstica

Cabo do Corpo de Bombeiros é alvo de investigação por violência doméstica contra a esposa, conforme noticiado no início do mês. Durante uma consulta com uma psicóloga, a polícia foi acionada para fazer o resgate da vítima, que era proibida até de ir ao banheiro.

Segundo resposta enviada ao Jornal Midiamax, pela Assessoria de Comunicação dos bombeiros, o processo para apuração já foi instaurado. A mulher contou quando resgatada pelos policiais que era controlada o tempo todo pelo namorado, que olhava todas as suas mensagens no WhatsApp e a mantinha trancada em casa, sendo que ela só podia sair quando ele permitia.

Mantida em cárcere

A vítima ainda falou que o autor salvava os números de telemarketing que ligavam para ela com nome de homens e dizia: “são os machos dela ligando”. No dia 23 de abril, o casal foi até a casa de um dos filhos da vítima para lavar roupas, e lá estavam os pertences da filha dela, que mora no exterior.

Em determinado momento, ela pediu para ir ao banheiro e ele colocou a mão em sua barriga dizendo que não precisava. A mulher acabou urinando e defecando nas roupas por não conseguir segurar. Ele ainda disse para ela: “Você não vai confessar quem você está protegendo? Quem você vai levar para o túmulo com você?”

‘Fez o mesmo com minha mãe’

O filho do bombeiro, em relato ao Jornal Midiamax, disse que a sua mãe sofreu as mesmas agressões durante 35 anos. Ele relatou que o pai sempre foi autoritário e que sofreria de transtornos psiquiátricos, além de problemas com uso de drogas.

Sobre isso, o rapaz afirmou que o pai já teria até sido internado uma vez, mas que o médico teria concedido alta. “Foi um decisão contra a minha vontade e contra a vontade da família, queria que ele permanecesse por mais tempo”, afirmou.

Ele relatou episódio no qual a mãe e as irmãs tiveram que fugir de casa, pois o pai estaria fazendo ameaças, inclusive ao neto, filho de uma das irmãs. Ele ainda conta que só vê o pai em local público, e que a última vez foi em uma sorveteria.

Com medo e insegurança após a denúncia feita pelo Midiamax, o rapaz afirmou que pediu que a mãe e as irmãs se trancassem e se cuidassem, pois, o pai teria comprado uma arma de fogo. “Ele é vingativo”, afirmou.

“Sou contra tudo isso que ele fez e está fazendo, quero que ele pague por isso”, ressalta o filho.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

MG: menina de 12 anos descobre gravidez de quase um mês após ir ao UPA

Procurando emprego? Suzano abre quatro vagas para atender operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas

Acidente na BR-153 deixa cinco mortos

Após repercussão, familiares de paciente internado em estado grave procuram Santa Casa

Notícias mais lidas agora

MS procura novos mercados para romper impacto da exportação de carne aos EUA, avalia Acrissul

campo grande cidade de cobras

Cidade de ‘cobras’, como Campo Grande lida com tanto veneno humano?

Waldir Neves faz acordo e vai pagar R$ 1,9 milhão para não ser despejado de mansão

carne frigorifico

Após MS suspender exportação de carne para os EUA, sindicato fala em normalização do mercado em poucos dias

Últimas Notícias

Cotidiano

Tempo frio e seco: frente fria se aproxima e MS permanece com alerta para baixa umidade do ar

Umidade relativa do ar está entre 15 e 30% nas cidades do Estado

Polícia

Atropelado há quase duas semanas, motoentregador continua internado em estado grave

Vítima continua entubada e deve passar por uma traqueostomia; motorista que atropelou a vítima entrou com pedido de liberdade

Transparência

TCE-MS determina que ex-prefeito devolva R$ 100 mil por contratar serviços sem licitação

Caso ocorreu em Bandeirantes, onde a população teve de votar de novo neste ano porque a eleição do ano passada foi suspensa por determinação da Justiça Eleitoral. O vencedor foi tido como inelegível pelo TSE

Transparência

Prefeitura de Bonito justifica processo seletivo sem cota por falta de lei municipal

Um inquérito civil foi instaurado para investigar a situação de um processo seletivo realizado em janeiro deste ano