O pedreiro Cleber de Souza Carvalho, 45 anos, preso por uma série de homicídios que cometeu em , teve redução em uma das penas. Ao todo, ele já enfrentou 5 júris populares e teve as penas somadas em 81 anos de prisão, em regime fechado.

Conforme publicação do Diário da Justiça desta terça-feira (31), foi determinado redimensionamento da definitiva pelo homicídio de Timótio Pontes Roman, de 62 anos. Inicialmente decretada em 18 anos de prisão, a pena agora é de 15 anos, 3 meses e 10 dias-multa, conforme acórdão dos desembargadores da 3ª Câmara Criminal.

O julgamento aconteceu em 16 de fevereiro, quando o Conselho de Sentença decidiu pela condenação de Cleber. Pelo homicídio qualificado por motivo fútil ele foi condenado a 16 anos e 6 meses e pela ocultação de cadáver, 1 ano, 6 meses e 30 dias-multa, totalizando os 18 anos de prisão. A sentença é assinada pelo Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Durante o debate, a defesa chegou a alegar insanidade de Cleber, o que foi rebatido pela acusação, já que não foi apresentado laudo médico. No entanto, os advogados relataram que o que aconteceu com o pedreiro foi um momento de insanidade quando cometeu o crime, já que estaria desestabilizado por conta da dívida com o agiota.

Em depoimento, Cleber disse que matou Timótio por causa da dívida com um agiota que já estava em R$ 18 mil. Ele contou que no dia do crime os dois passaram a discutir, já que ele estava cobrando Timótio do dinheiro para pagar ao agiota, e que só matou o amigo com quem costumava tomar cerveja depois que ele teria dito a frase: “quem mandou me emprestar dinheiro?”.

Após isso, Cleber relatou que pegou o pelo pescoço e o jogou dentro do poço. Ele também falou que deu golpes com o cabo de uma picareta em Timótio e depois colocou a tampa em cima do poço, que ainda ficou entreaberto. Depois, trancou as portas da casa e foi embora.

Uma das testemunhas do julgamento desta quarta contou que o serial killer já estava oferecendo a casa do idoso para um caseiro de uma chácara em que ele prestava serviço. Um dos policiais que prestou depoimento disse que Cleber estava fora de controle, que estava em ritmo acelerado de homicídios.

81 anos de prisão

No dia 6 de abril, Cleber enfrentou o 5º julgamento, faltando ainda outros dois a serem realizados. Naquele dia, ele foi condenado mais uma vez, somando penas de 81 anos de prisão. O último julgamento foi pela morte de José Leonel Ferreira, 61 anos.

O crime cometido em maio de 2020 foi o primeiro a ser descoberto, da série de homicídios cometidos até então pelo pedreiro.