Neste sábado (11), a psicóloga Karoline Mendes perdeu o acesso à própria conta no Instagram. Após ser hackeado, o perfil foi feito de comércio na tentativa de aplicar golpes nos seguidores.

No boletim de ocorrência, a psicóloga explica que teve a conta invadida após clicar em um link, que disparou um código de acesso para um desconhecido. Desde então, o perfil se tornou um classificado de eletrodomésticos e móveis, na tentativa de aplicar golpes.

Pelo direct, o invasor tenta contato com seguidores da psicóloga e oferece os produtos que estariam à venda. “Não quero que ninguém caia ou perca o Instagram”, disse Karoline ao Jornal Midiamax.

Outro caso

Em janeiro deste ano, a biomédica Karina Souza teve a sua conta do Instagram ‘roubada’, vários amigos e clientes da clínica acabaram tendo suas contas também levadas pelos bandidos, além das vítimas que perderam dinheiro ao comprarem produtos que não existiam.

Na época, Karina relatou que não havia clicado em nenhum link. “Sempre fui muito cuidadosa com isso, e não cliquei em nada. Não sei como eles hackearam minha conta”, disse a biomédica.

Ela só descobriu que havia sido roubada quando uma cliente ligou para ela perguntando se realmente era a biomédica que estava vendendo os produtos nos stories do Instagram. “Depois que descobri que minha conta havia sido hackeada, comecei a avisar todo mundo para que outras pessoas não caíssem no golpe”. Karina ainda disse que o perfil da clínica também foi roubado.

“Os bandidos passaram a usar a conta do celular da clínica para mandar promoções pedindo o nome de usuário das pessoas que queriam participar. Mandaram mensagem até para a minha mãe”, disse a biomédica. Ela ainda contou que muitos caíram no golpe porque, durante as conversas, os criminosos se passavam pela vítima e, por isso, acabaram pensando ser a Karina. “E desde que me formei, estou construindo minha conta no Instagram. Isso há 11 anos, é meu meio de trabalho”, disse Karina.

Como se prevenir

‘Quando a oferta é boa, o santo desconfia’. O ditado popular pode ser a principal arma para que as pessoas que negociam compras paralelas pela internet acionem o “desconfiômetro”. Além disso, clicar em links desconhecidos, sobretudo se forem relacionados com ofertas atraentes, pode fazer parte de uma armadilha.

A Polícia Civil de MS orienta, portanto, que antes de comprar produtos com preços muito abaixo do mercado, em redes sociais de conhecidos ou em qualquer outro lugar, é bom checar — uma simples ligação telefônica para o suposto vendedor pode não só impedir o golpe, como alertar a pessoa que teve a rede social roubada.