Carros de luxo apreendidos em operação da PF em Campo Grande são avaliados em mais de R$ 900 mil

Dois veículos seriam do estado de São Paulo

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Os carros de luxo apreendidos durante a deflagração da operação Fiat Lux foram levados para a sede da Superintendência da Polícia Federal de Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (24). Onze estados, entre eles Mato Grosso do Sul, são alvos da operação da Polícia Federal em conjunto com a PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Foram apreendidos uma camionete L200 Triton 2017/2018 avaliada em R$ 179 mil. A camionete seria de Itaquaquecetuba em São Paulo; uma BMW 32I 2020, avaliada em R$ 218 mil com placas de Mogi das Cruzes, em São Paulo, e uma Land Rover 2022, avaliada em R$ 539 mil, com placas de Campo Grande.

Os carros foram apreendidos no condomínio de luxo Dhama III. Duas viaturas da PF e uma da PRF estavam no condomínio. São cumpridos, ao todo, 88 mandados de busca e apreensão e de prisão. A operação acontece em 11 estados: São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraíba, Ceará, Paraná, Pernambuco e Maranhão. Foram descobertas cerca 10 mil adulterações em veículos. Desse total, mais de 3.300 fraudes ocorreram em viaturas do Exército Brasileiro.

Foi determinado o afastamento das funções de 95 servidores do Detran, sendo que 85 são servidores do Detran-São Paulo; 7 do Detran-Tocantis; e 3 do Detran-Minas Gerais. Cerca de 20 despachantes também foram afastados de suas funções no estado de São Paulo. As investigações começaram no fim de 2020 e tiveram origem após ter sido detectada a clonagem de veículos do Exército. 

Os números dos chassis eram utilizados ilegalmente, com objetivo de obter documentos legítimos, para tentar legalizar veículos oriundos de roubo ou furto. A investigação apontou que as clonagens dos chassis do Exército só foram possíveis porque contaram com a participação de servidores do Detran e de despachantes.

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