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Polícia

Bebê morre após parto e família alega negligência de hospital de MS; é o 3º óbito em menos de um ano

A jovem teria sofrido por quase 30 horas tentando parto normal, mesmo pedindo cesárea
Arquivo -
A jovem só teria conseguido realizar uma cesárea após a troca de plantões dos médicos.
A jovem só teria conseguido realizar uma cesárea após a troca de plantões dos médicos.

A família de um bebê que morreu logo após o parto realizado nesta sexta-feira (11) alega negligência médica do Hospital Municipal Hospital Ramires, na cidade , município distante aproximadamente 440 quilômetros de .

Segundo a avó do bebê, Evani Perin, 50, a nora dela, de 24 anos, teria dado entrada no hospital às 11h de quinta-feira (10) e foi induzida a ter parto normal por mais de 24h. A jovem só teria conseguido realizar uma cesárea após a troca de plantões dos médicos.

“Minha nora entrou no hospital por volta das 11h e a todo momento foi forçada a ter parto normal, mas não conseguia. Ela pedia para fazer cesárea, mas o médico a deixou sofrendo. Só quando trocou o plantão, às 16h do dia seguinte, é que o profissional que entrou realizou o procedimento. Meu neto morreu porque demoraram para fazer uma cesárea”, disse a avó.

Chorando muito e sepultando o neto nesta tarde de sábado (12), Evani conta que o outro profissional que entrou no plantão realizou todos os procedimentos, mas já era tarde demais. O bebê chegou a ficar no oxigênio, mas não resistiu e acabou falecendo.

Segundo o vereador de Porto Murtinho, Helton Benitez da Graça, do PP, diz que este já é o terceiro bebê que morre no hospital em aproximadamente nove meses. Segundo o parlamentar, a Câmara Municipal da cidade já publicou uma nota pedindo a responsabilidade do hospital em relação aos óbitos.

Outro lado

O Midiamax entrou em contato com o Diretor do Hospital, Vilson Campo, que afimou que vai se reunir com o médico no final da tarde deste sábado, mas adianta que os óbitos anteriores seriam de bebês prematuros e que o profissional nada conseguiria fazer para salvá-los.

“Vou me reunir com o médico e com o secretário de saúde para saber o motivo deste último óbito. Em relação aos outros dois, um era prematuro e teve que ir para Campo Grande, e o outro não teve como o médico salvar, já estava morto”, disse o Diretor do hospital de Porto Murtinho. 

A equipe de reportagem do Midiamax também entrou em contato com o Secretário de Saúde de Porto Murtinho,que confirmou a reunião com o médico ainda hoje. O Chefe da pasta também não soube repassar informações sobre os dois óbitos anteriores.

“Não posso informar agora, ainda vou me reunir com o diretor do hospital e com o médico para saber o que de fato aconteceu. Mas, uma coisa eu posso adiantar: o bebê nasceu prematuro, de aproximadamente sete meses. A mãe também teve uma gestação complicada, mas maiores informações eu vou ter depois que eu me reunir com os profissionais”, disse.

Família nega complicações durante a gestação

Na contramão, a família do bebê ressalta que a jovem mãe não teve complicações durante a e adianta que vai realizar uma denúncia no Ministério Público.

“Ela não teve problemas e fez todos os exames necessários, nós temos como provar. Demoraram para realizar o parto e a deixaram sofrendo no quarto. Esse médico não pode ficar mais aqui. Já são três crianças e não queremos que outra família passe o que estamos passando. Vamos procurar o Ministério Público”, desabafou a vó.

Mais casos em Mato Grosso do Sul

Não é a primeira vez que o Midiamax divulga notícias envolvendo violência obstétrica em Mato Grosso do Sul. Ela pode ser cometida por um médico, um enfermeiro, pela equipe administrativa do hospital e também por todas as pessoas que, de determinada forma, exerçam um controle hierárquico sobre a mulher naquele momento de fragilidade em que ela está para ter seu filho, em um ambiente desconhecido e até desconfortável, que são os hospitais e as salas de saúde. Clique aqui e saiba como denunciar.

WhatsApp: fale com os jornalistas do Midiamax

O leitor enviou as imagens ao do Jornal Midiamax no número (67) 99207-4330. O canal de comunicação serve para os leitores falarem com os jornalistas. Flagrantes inusitados, denúncias, reclamações e sugestões podem ser enviados com total sigilo garantido pela lei.

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