Bairro onde jovens foram estupradas ao sair de academia era considerado ‘tranquilo’ e mulheres redobram cuidados

Crime aconteceu a poucos metros de batalhão da PM

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Base da PM fica a 500 metros da academia. (Foto: Marcos Ermínio/Midiamax)

Após o caso das duas jovem abusadas sexualmente, na noite de quinta-feira (14), moradores do bairro União relatam o clima de insegurança e medo, que até relembram a tranquilidade, principalmente, pela região ter um grande número de famílias militares. A academia, local onde as vítimas foram sequestradas, fica a 500 metros de um Batalhão da Polícia Militar.

O crime é o assunto entre todos os vizinhos e comerciantes do bairro, que garantem que a região é tranquila, apesar de reclamarem da falta de iluminação pública em praça cheia de árvores. Assim, muitos clientes que treinam na academia estacionam os veículos e a situação favorece o esconderijo de criminosos.

Elaine Pereira, de 40 anos, tem uma conveniência próximo à academia há 18 anos. Conta que todos estão preocupados, principalmente as mulheres. Costuma tomar cuidado ao encerrar o expediente, mas diz que redobrou os cuidados após o episódio. A falta de iluminação nas redondezas já havia “obrigado” ela mudar a rotina e treinar de manhã.

“É um bairro muito bom e tranquilo; nunca ouvi alguém falar de crimes chocantes. Se eu vejo que tem alguém perto do meu carro, não vou, eu espero a pessoa sair para entrar. A luz do poste não dá conta por conta das árvores, fica um local ermo. Isso serviu de alerta para redobrar os cuidados”.

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Elaine redobrou os cuidados ao encerrar expediente. (Foto: Marcos Ermínio/Midiamax)

Caroline Oliveira, 25, é atendente de uma loja, observou a movimentação de viaturas na data, às 22h. Uma vizinha comentou que viu o autor acusado do crime pular de uma árvore e sair correndo. A polícia já tinha iniciado as buscas, mas ressaltou que clientes que estavam em um espetinho ajudaram a procurar com lanternas e a luz do celular. Para Caroline, já é difícil sair na rua sem preocupação, entretanto, se preocupa muito com a irmã caçula, de 13 anos.

“Podia ser ela”, diz mãe de aluna da academia

Jaqueline Chaves, de 39 anos, é bacharel em direito, ficou horrorizada com o incidente. A filha, de 17 anos, também treina na mesma academia a noite. A menina chegou em casa pouco antes da movimentação de viaturas no bairro. Ela conta que se sente acuada em andar na própria rua. “Podia ser ela”, desabafa.

Moradores relembram tranquilidade

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Antônio relembra a tranquilidade que moradores tinha/tem na área. (Foto: Marcos Ermínio/Midiamax)

Quem relembra a fama de bairro tranquilo é o morador Antônio Carlos Santos, de 72 anos, que está morando no endereço há 30 anos. Por ser próximo à base da Força Aérea, boa parte dos vizinhos estavam ingressos nas Forças Armadas, o que costumava a impor um certo ‘respeito’ direcionado aos criminosos que ousavam chegar na região. Ele acredita que o fato ocorrido na semana pode ter sido um fato isolado.

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