Ao tentar furtar duas garrafas de whisky de um mercado, no Bairro Centro Oeste, em Campo Grande, um ladrão acabou torturado e obrigado a ‘desfilar’ pelas ruas da região pelo dono do estabelecimento que disse que era um ‘corretivo’.

O fato aconteceu por volta das 10h30 da manhã de domingo (3) e, segundo informações, o homem foi flagrado tentando furtar duas garrafas do mercado, sendo impedido por um dos funcionários. Quando o dono do local ficou sabendo do ocorrido foi atrás do autor, que acabou encontrado e espancado com um pedaço de caibro.

Após isso, o dono do mercado fez com que o homem andasse por cerca de dois quilômetros pelas ruas do Bairro ‘desfilando’. O autor tinha suspeitas de costelas quebradas, além de outros ferimentos pelo corpo. A polícia acabou flagrando a cena e interrompeu o ato.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e o homem encaminhado para uma unidade de saúde. Já o dono do mercado foi levado para a delegacia e o pedaço de madeira usado pelo proprietário apreendido. 

Outro lado

O comerciante entrou em contato com o Jornal Midiamax e negou ter agredido o suspeito do furto. “Cheguei no local e meu funcionário falou do furto, então fomos tentar encontrar o car. Vimos que ele estava na favela, quando chegamos perto ele correu”, contou.

O suspeito teria deixado as mercadorias no chão e tentou fugir, quando o comerciante gritou ‘pega ladrão’. “O pessoal começou a bater nele”, contou, relatando que moradores da região agrediram o homem. “Ainda saí como torturador. Eu livrei a cara dele de ser morto, os caras iam matar ele. Falei ‘Solta esse cara, se não vão matar’”, disse.

O autor do furto então foi embora, quando donos de uma boca de fumo na região teriam dito “Faz aquele cara correr”. O comerciante contou que levava o pedaço de pau no carro, por segurança, mas que não chegou a usar para agredir o homem. “Falei pra ele: corre, se não os caras vão te pegar. Não fiz ninguém ‘desfilar’”, alegou.

Quando o suspeito chegava na Avenida dos Cafezais, o comerciante viu a viatura da Polícia Militar. “Eu mesmo chamei a polícia e ainda saí como autor de um crime que não fui”, relatou. O caso foi registrado na delegacia, onde o lojista e o funcionário prestaram esclarecimentos sobre o caso.

*Matéria editada às 13h40 para acréscimo de informação