Lucas Barretto, de 27 anos, foi condenado a 12 anos de em regime fechado pelo assassinato do amigo, Alex Junior Luiz, morto aos 27 anos. O crime aconteceu em setembro de 2019, ocasião em que os amigos tiveram uma briga e Alex foi golpeado ao menos 18 vezes com uma faca.

O Conselho de Sentença decidiu pela condenação de Lucas pelo homicídio, mas não aceitou a qualificadora de meio cruel. Assim, ele responde por homicídio simples. A sentença do Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, foi de 12 anos de prisão, em regime fechado.

Não tinha intenção de matar o amigo

Em depoimento, Lucas disse no plenário que não tinha intenção de matar o amigo. “Não tinha intenção, mas ele me escolheu”, falou aos jurados e juiz. Lucas ainda falou que conheceu Alex quando os dois cumpriam pena por tráfico de drogas, no Presídio de Trânsito, em 2017.

Depois, passaram a morar juntos em uma área invadida no Bairro Nossa Senhora das Graças. Ele ainda falou que Alex era discriminado por ter lepra e era ele quem o ajudava até com a compra de remédios. O réu ainda falou que, após algum tempo morando com a vítima, ele acabou conhecendo uma mulher e queria que Alex deixasse a casa para trazer a namorada.

Ele também revelou que estava pensando em internar a vítima, que usaria drogas, e que o amigo não havia gostado da ideia. No dia do crime, Lucas disse que Alex chegou em casa armado, e que ele só teve tempo de pegar no cano do revólver para tentar se defender. Os dois se armaram com facas e ele acabou desarmando novamente a vítima a ferindo com vários golpes — um total de 18, que atingiram o pescoço e o tórax.

Amigo assassinou outro a facadas
(Arquivo, Midiamax)

“Na hora, a gente não vê o que está fazendo”, falou Lucas, que ainda disse ter ido longe demais. “Já tinha feito o erro”, completou. Quando adolescente, Lucas matou um homem, segundo ele, para defender a sua namorada.

Assassinato de Alex

Testemunhas contaram à polícia, na época, que viram a vítima correndo pela Rua Rosário Congro perseguida por dois homens. Metros à frente, Alex teria sido alcançado e atingido. Marcas de sangue no chão indicam o lugar onde o jovem foi ferido.

Cerca de 30 metros depois de ter sido esfaqueado, o rapaz entrou no quintal de uma casa, onde caiu próximo ao portão. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu antes da chegada da equipe do Corpo de Bombeiros.

Alex tinha mais de dez passagens por crimes como roubo, furto, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.