Alvos de operação, presidente da Câmara de Maracaju e mais 7 têm mandatos suspensos
Polícia Civil deflagrou terceira fase da Operação Dark Money
Adriel Mattos, Thatiana Melo –
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Oito dos 13 vereadores de Maracaju estão com os mandatos suspensos após a deflagração da Operação Dark Money – Fase Mensalinho. Entre eles, está o presidente da Casa, Robert Ziemann (PSDB).
O Jornal Midiamax apurou que também estão afastados Hélio Albarello (MDB) – que foi presidente na legislatura passada –; o segundo vice-presidente Jeferson Lopes (Patriota); o primeiro secretário da Mesa Diretora Antônio João Marçal de Souza, o Nenê da Vista Alegre (MDB); Ilson Portela, o Catito (PSDB); Laudo Sorrilha (PSDB); Ludimar Portela, o Nego do Povo (MDB); e João Gomes Rocha, o Joãozinho Rocha (MDB).
Procurada, a assessoria da Câmara informou que não tinham detalhes da ação, já que os policiais civis cumprem os mandados nesta manhã. O prefeito Marcos Calderan (PSDB) disse não ter conhecimento da operação, já que cumpre agenda em Bonito.
A reportagem também procurou o vice-prefeito Mauro Christianini, mas ele não atendeu as ligações.
Também são alvos da Dark Money – Fase Mensalinho os ex-vereadores Vergílio da Banca (MDB), Toton Pradense (União) e Professor Dada (Patriota).
Operação Dark Money
Na 3ª fase da investigação do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), foi identificado pagamento de propina a vereadores durante os meses de dezembro de 2019 e novembro de 2020. As propinas eram pagas por ordem do então prefeito Maurílio Azambuja (MDB) que, com o aval de outros servidores, tinha como objetivo afrouxar a fiscalização das contas da prefeitura pela Câmara, além de aprovar projetos e leis de seu interesse.
O pagamento de propina tinha como objetivo impedir o funcionamento adequado do Legislativo, já que é de responsabilidade deles a fiscalização. A 3ª fase foi nomeada como ‘Mensalinho’ em referência ao esquema do mensalão, que era operado em nível federal.
As investigações do Dracco apontaram que 11 dos 13 vereadores que integravam a Câmara no período teriam recebido pagamentos indevidos oriundos dos desvios feitos na Prefeitura.
Dos 11 vereadores investigados, oito ainda estão em atividade. Os valores recebidos por cada vereador dependiam de sua influência e capacidade de interferir na fiscalização. Em um ano, foram identificados pagamentos para os 11 vereadores que chegavam a R$ 1.374.000,00. Os pagamentos eram feitos em cheques, nomes de laranjas ou até mesmo em espécie, para dificultar o rastro do dinheiro.
*(Colaborou Mayara Bueno)
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