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Polícia

Advogada envolvida em plano de resgate de líderes do PCC vai para prisão domiciliar

Ela passa a ser monitorada por tornozeleira eletrônica
Renata Portela -
Imagem ilustrativa - Foto: Henrique Arakaki/Arquivo Midiamax

Teve domiciliar concedida a advogada de , cidade distante 323 quilômetros de Campo Grande, presa na última semana pela Polícia Federal, por envolvimento em plano de resgate de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ela estava detida no Presídio Militar, na Capital, e deve retornar para a cidade de origem na quarta-feira (17).

A prisão aconteceu no dia 10 de agosto, durante operação para frustrar plano de e fuga de lideranças do PCC, incluindo o chefe da facção Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. A advogada cumprirá prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica.

A prisão domiciliar foi concedida pelo juiz Francisco Codevila, da 15ª Vara Federal de (DF), conforme noticiou o site Rádio Caçula. Conforme o magistrado, foi considerado fato do filho da advogada ter Transtorno do Espectro Autista. Assim, ele depende dos cuidados da mãe.

Ainda na decisão, o juiz federal conclui que a advogada só poderá se descolar em situações emergenciais médicas dela e do filho ou para acompanhamento no tratamento do filho. Os locais deverão ser comunicados e também comprovada ocorrência mediante atestado médico.

A advogada também pode deixar a residência para cumprir aos atos da Justiça e Polícia Federal, quando chamada.

Plano de resgate de líderes do PCC

O plano denominado ‘domínio de cidades’ era um aperfeiçoamento do ‘novo cangaço’, um plano mais ousado e perigoso que seria colocado em prática para o resgate de Marcola. Fuzis, explosivos e até seriam usados na ação.

Pelo menos 30 criminosos participariam desse resgate. A tática empregada incluía o enfrentamento às forças de segurança e explosão de veículos para cercar as vias de acesso ao local, impedindo a chegada de reforço policial.

Investigações apontam que outra alternativa para o resgate de Marcola seria organizar uma rebelião na penitenciária. O PCC já tinha feito, inclusive, um levantamento dos nomes dos servidores federais para usá-los como moedas de troca.

A diferença entre o ‘novo cangaço’ e ‘domínio de cidades’ são os alvos dos criminosos. O ‘novo cangaço’ tem como alvo pelos criminosos, instituições bancárias, já a outra técnica tem como alvo pessoas – a retirada de presos de penitenciárias.

Códigos de planos de resgate

“Plano 1 – Código STF. Por que não foi feito? Qual a dificuldade em fazer? Já estão monito

“Plano 2 – Sequência – Código STJ. Sequestrar diretor-geral e chefe de segurança. Família deles. Fazer o cativeiro em outro estado. Se o Ciro [Marcola] não sair, elimina. Renato Gomes Vaz – Diretor; Rodrigo Campos Porto – Chefe. Não adianta pegar Depen. Se for preciso pega agente penitenciária de Brasília.”

“Plano 3 – Suicida. Em 8 meses, se o STF e o STJ não for concluído [sic], o Ciro [Marcola] vai executar plano suicida dentro do sistema PF [penitenciário federal]. […] Atenção sócio Tuta, Bulgari, Colorido, Siariba, Maguila, Deva. Durante 10 meses tirou o banho de sol com Ciro [Marcola] e durante esse tempo recebeu instruções para passar aqui fora.[…] O plano do STF e STJ já precisa estar em andamento. Está só aguardando resultado. Bulgari e Ciro pediram atenção nisso. Pediram advogado toda semana para atualizar as informações.”

Advogada de MS presa em operação

A operação Anjos da Guarda cumpriu três mandados em Mato Grosso do Sul, sendo um de busca e apreensão em Campo Grande contra um membro do PCC e dois mandados em Três Lagoas. Um dos mandados de prisão, que acabou na detenção da advogada.

Os planos de resgate com códigos foram quebrados em fevereiro de 2021, logo após a advogada de Três Lagoas, presa na operação Anjos da Guarda, sair de uma visita a um de seus clientes, Edras Augusto do Nascimento Júnior, uma das lideranças do PCC, que estava encarcerado na penitenciária federal de Campo Grande.

A advogada de Três Lagoas, que estava com os códigos, foi presa pela Polícia Federal, no dia 10 de agosto, quando da deflagração da operação, que cumpriu três mandados em Mato Grosso do Sul, sendo um de busca e apreensão na Capital e dois em Três Lagoas.

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