Nesta quarta-feira (13), júri popular absolveu Rafael Aquino de Queiroz, de 36 anos, o ‘Enigma’, Adson Vitor da Silva Farias, de 22 anos, o ‘Ladrão de Almas’, e Eliezer Nunes Romero, de 21 anos, o ‘Maldade’, pelo homicídio de Sandro Lucas de Oliveira, 24 anos. Sandro foi assassinado em um tribunal do crime do PCC (Primeiro Comando da Capital), em dezembro de 2019.

O Conselho de Sentença decidiu por absolver os três réus do crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Eles não confessaram os crimes, mas foram condenados por integrarem organização criminosa sem emprego de arma de fogo e cárcere privado. Outros dois réus também respondem pelo caso que terminou com a morte de Sandro e ainda vão a julgamento.

Em sentença do juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, foi determinada pena de 5 anos de reclusão para Rafael, e 4 anos e 6 meses para Adson e Eliezer. No plenário, apenas Adson se pronunciou, negando envolvimento nos crimes. Já sobre confissão feita na DEH (Delegacia Especializada em Homicídios) – gravada na presença de um advogado – disse que confirmou a participação “por medo” e que foi “alvo de tortura” para que fornecesse informações.

Assassinado e jogado em poço

Segundo relevado pelo promotor do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) Douglas Oldegardo, a mãe da vítima foi procurada por uma mulher no dia 16 de dezembro de 2019, afirmando que Sandro estava morto e que um amigo dele – que frequentava a casa da família – teria o traído e armado ‘casinha’ para que ele fosse capturado.

Conforme depoimentos de testemunhas, Sandro era acusado de integrar a facção CV (Comando Vermelho) e teria oferecido droga em uma festa para membros da facção rival, PCC (Primeiro Comando da Capital). Testemunhas ainda revelaram que os três réus estavam no dia do crime na cantoneira, localizada em uma favela da Capital.

Após três dias, Sandro foi morto e o corpo colocado em um poço, aos fundos de uma chácara abandonada no anel rodoviário da BR-163, entres as saídas de Três Lagoas e Cuiabá. O corpo já estava em estado avançado de decomposição quando foi encontrado, e não possuía mais tecidos, apenas o esqueleto.