Pular para o conteúdo
Polícia

Acusado de sequestrar mulher e exigir R$ 50 mil de resgate em Campo Grande é absolvido

Juiz não viu provas dos crimes de roubo ou sequestro
Arquivo -
Arma apreendida resultou em condenação
Arma apreendida resultou em condenação

Claudinei dos Santos de Oliveira, o ‘Magrão’, de 29 anos, foi absolvido do sequestro de uma mulher ocorrido em setembro de 2021, na região do Itanhangá Park, em . Ele também foi absolvido do , mas condenado pelo porte ilegal de arma de fogo, crime pelo qual cumprirá regime fechado.

Conforme a sentença do juiz Marcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal, não foram identificadas provas do sequestro ou mesmo do roubo, apesar da confissão do réu. Já pelo porte de arma ele foi condenado a 2 anos e 11 meses em regime fechado. Na peça, o magistrado pontua todos os itens dos quais não foram produzidas provas.

Entre eles estão os fatos de que a vítima foi vedada e sequestrada, que foi amarrada, que foi feita ligação para o marido, exigindo R$ 50 mil pelo . Também não há provas do pagamento de R$ 18 mil e a entrega de um Rolex, nem que um terceiro participou da ação e recebeu os valores.

O juiz ainda pontuou falta de provas de fuga dos suspeitos, entre todos os outros fatos noticiados na época e relatados pela vítima. O magistrado chega a apontar que a única coisa que existe é a confissão de Claudinei, mas que não foi corroborada com outra prova. Na decisão ainda é relatado que não existem provas do roubo dos pertences ou do veículo da vítima.

Aliança na mão do sequestrador

A única peça citada pelo juiz, que foi apreendida, é a aliança encontrada na mão de João Vitor Rodrigues da Silva, de 20 anos, morto em confronto com a polícia durante as investigações. O confronto aconteceu no Residencial Betaville, em uma casa em que João tentou se esconder.

Segundo o delegado João Paulo Sartori, do (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros), após a morte de João Vitor, foi constatado que ele usava em um dos dedos a aliança da vítima do sequestro.

Ainda de acordo com a polícia, equipes do Batalhão de Choque e Garras foram ao local onde João Vitor estaria escondido. João Vitor reagiu à abordagem policial e foi ferido. Ele ainda foi socorrido para a Santa Casa, mas não resistiu. Em entrevista coletiva, o delegado ainda esclareceu que os criminosos viram a vítima, de 50 anos, em uma padaria.

Ela usava joias e isso acabou despertando o interesse dos bandidos, sendo que dois a seguiram até a casa em um Uno azul. Já na residência, invadiram pela garagem e fizeram a família refém. A mulher e a filha de 21 anos que estava com ela no carro foram rendidas e levadas até o quarto, onde estava o marido, de 61 anos.

A todo momento os bandidos faziam ameaças, até que desconfiaram que havia guarda de rua e sequestraram a mulher, no carro dela, um Audi Q3.

Queriam ‘levantar’ dinheiro

Primeiro identificado e preso, Claudinei disse em depoimento no Garras que foi convidado pelo comparsa para ir à festa do avô dele. No caminho, o suspeito teve a ideia de ‘levantar’ dinheiro, cometendo um roubo.

Os bandidos viram as vítimas no carro e as seguiram. Assim que o carro parou na garagem, Claudinei entrou junto e anunciou o roubo, rendendo a família. O comparsa ficou do lado de fora e avisou ao criminoso que o vigilante da rua passou desconfiado. Assim, a dupla resolveu roubar objetos da casa e levar a moradora como refém.

A vítima foi levada para um cativeiro, atrás do Itamaracá, um imóvel que estava em nome de João Vitor. Lá os criminosos tiveram ideia de pedir resgate ao marido dela. De início, pediram o valor de R$ 50 mil, mas o homem disse que não conseguiria sacar o dinheiro e conseguiu negociar.

O marido da vítima sequestrada conseguiu sacar R$ 18 mil, combinou o local com os bandidos e entregou o dinheiro e ainda um relógio Rolex. A todo momento os bandidos ameaçavam a família. Segundo o marido da vítima, foram entre 15 e 20 ligações feitas para ele e os suspeitos diziam que atirariam na cabeça da mulher, caso ele acionasse a polícia.

A refém foi colocada no carro e liberada nas imediações do macroanel. Os bandidos ainda foram para a festa, para não levantar suspeitas. Depois, Claudinei disse que ficou andando a pé pela região, já que sabia que a polícia estava à procura dele. Claudinei foi preso em um bar, depois de tentar esconder o carro usado no crime. Ele contratou um serviço de guincho e fez ameaças à ex-mulher para que ela o ajudasse.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
Funsat

Super Quarta: Funsat oferece 2,1 mil vagas de emprego nesta quarta-feira

Andarilho coloca fogo em galeria de drenagem e provoca buraco na BR-163 

Irmão de Zezé di Camargo atribui morte de Preta Gil a castigo divino: ‘Deus é justo’

Campo Grande registra sensação térmica de 2,5°C na madrugada

Notícias mais lidas agora

Amante diz que jogou corpo de mulher em vala em Terenos após entrar em surto

VÍDEO: Comitiva brasileira entrega cartas mostrando o que os EUA perdem com tarifaço de Trump

Em abril, membros do MPMS comemoram escolha de Alexandre Magno (esq.) para indicação ao CNMP, que já tem de MS o procurador Paulo Passos (centro) (Acervo público da Assecom/MPMS)

CNMP valida desculpas para nota zero de transparência no MPMS, alerta especialista

Câmeras mostram percurso de 20 minutos feito por amante ao jogar corpo de mulher em vala de Terenos

Últimas Notícias

Brasil

Deputado Lindbergh protocola requerimento para cassar mandato de Carla Zambelli

Mesmo presa, Zambelli segue com mandato parlamentar enquanto a Câmara não deliberar sobre a cassação

Esportes

Onde assistir: Derby Paulista é destaque em confrontos das oitavas da Copa do Brasil

Rodada ainda tem outras quatro partidas mata-mata

Cotidiano

Bolsa Família: beneficiários com NIS final 9 recebem parcela de julho nesta quarta-feira

Em julho, o programa social contempla 190,6 mil famílias em Mato Grosso do Sul, com um investimento de R$ 129,6 milhões

Cotidiano

Contribuintes de Dourados têm até quinta para aderir ao Refis 2025 com até 100% de desconto

Pagamentos parcelados podem ter remissão de 30% a 50%, com parcelamentos de até 10 vezes (ou 24 para dívidas acima de R$ 100 mil