O acusado de estupro de uma mulher de 33 anos já foi detido e levado para a de uma cidade de Mato Grosso do Sul, após promover uma festa com adolescentes, bebidas e orgias. A vítima, que denunciou o homem neste ano, foi dopada e estuprada em uma festa em um rancho.

A festa promovida pelo homem com a presença de adolescentes foi denunciada, inicialmente, por pertubação do sossego. Quando os policiais chegaram ao local encontraram vários adolescentes, um total de 25. Também havia muita bebida, como cerveja e vodka.

Ainda segundo informações, o som da festa era possível de ser ouvido a 100 metros do local. Havia a possível prática de orgias na festa, onde era cobrado o valor de R$ 20 para a entrada e não havia alvará para o evento. 

Várias garrafas foram apreendidas no local e vários preservativos usados encontrados na casa. O Conselho Tutelar foi acionado e todos levados para a delegacia, sendo os autores ouvidos e liberados em seguida. O crime aconteceu em 2015.

Relato de uma sobrevivente

O Jornal Midiamax não vai identificar a vítima para a sua segurança, já que a mulher está sendo ameaçada pelo estuprador e pelos amigos do autor do crime. Vamos chamá-la Maria*.

7 de fevereiro de 2021, este é o dia em que a vida da mulher virou de cabeça para baixo, onde seu chão foi tirado e ela passou a tentar sobreviver após o estupro cometido contra ela em uma festa.

Na época, ela não denunciou o crime já que corria o risco de perder o emprego, pois o ano era de pandemia, e Maria estava em uma festa clandestina. Ela estava com algumas amigas no local, e ao beijar um rapaz, ele passou uma ‘bala’ para a sua boca, mas na realidade era um tipo de droga que a deixou fora de seu estado normal.

Após alguns minutos, Maria* começou a passar mal: “saí do meu estado normal”, disse ela ao Jornal Midiamax. Em seguida, o homem a levou para perto de uma árvore onde teve seu corpo prensado e a sua roupa levantada. Ele tentou manter relações sexuais com ela, que conseguiu sair cambaleando pelo local.

Mas, o homem foi atrás e a estuprou de forma brutal. Maria* não se lembrava do que havia ocorrido, já que foi dopada. A brutalidade cometida deixou rastros no seu corpo que ficou machucado, mas também feriu o psicológico já que até hoje faz tratamento psicológico e toma remédios. Ela fala que teve de iniciar o tratamento psiquiátrico para conseguir se lembrar do que havia ocorrido tamanho o trauma, já que tinha apenas vaga lembrança. 

Maria* procurou a delegacia após reencontrar o autor do estupro em uma festa, e o homem ficou fazendo ‘chacota’ com a vítima. Segundo ela, após o seu relato em seu Instagram, outras meninas também contaram terem sido estupradas pelo homem, que dopa as mulheres. “Elas estão com medo e não procuraram a delegacia”, disse.

Desde que denunciou o caso na semana passada, Maria* disse que ficou seis dias sem conseguir comer, que sua casa foi alvo de e ameaças foram feitas a ela, que perdeu o emprego. “Está muito difícil. Estou temendo pela minha vida”. 

O caso está sendo investigado e testemunhas estão sendo ouvidas. “Não sei se vou conseguir me relacionar novamente com alguém”, falou.