A advogada Valda Nóbrega, que faz a defesa do colombiano que matou em um acidente Matheus Frota, de 27 anos, disse ao Jornal Midiamax, nesta quarta-feira (2), que Carlos Hugo está muito arrependido do que aconteceu e que não se lembra do acidente.

Segundo a advogada, Carlos falou que o sinal estava verde para ele e que acelerou a Mercedes para dar tempo de passar no sinal amarelo, no cruzamento da rua Guia Lopes com a Avenida Salgado Filho, na manhã do dia 28 de fevereiro, quando acabou batendo na motocicleta pilotada por Matheus que morreu no local do acidente.

Valda ainda relatou que Carlos disse não se lembrar do que aconteceu, apenas, que bateu em algo. “Ele não tinha noção do mal que causou e está muito arrependido”, falou a advogada. O colombiano passa por audiência de custódia nesta quarta (2) por videoconferência na cidade de onde está preso desde o acidente.

Na noite dessa terça-feira (1º) foi feito o pedido de liberdade para Carlos, alegando que ele é réu primário, com bons antecedentes, tem residência fixa, trabalha como vendedor de tênis e tem um filho menor que depende dele. A defesa ainda pediu pela revogação com substituição por medidas cautelares para que Carlos responda ao processo em liberdade.

O colombiano teve seu pedido de prisão preventiva pedido nesta segunda-feira (28), pelo delegado Roberto Duarte Faria, após ele ser preso em Rochedo, a 81 quilômetros de Campo Grande. Em depoimento logo após ser preso, Carlos Hugo disse que o sinal estava verde para ele, quando passou no cruzamento da rua Guia Lopes com a Avenida Salgado Filho. 

O colombiano ainda relatou que estava com mais três amigos dentro da Mercedes e que sentiu uma batida forte do seu lado, continuando pela rua e parando só após algumas quadras. Após parar, os três amigos desceram, sendo que dois amigos moram na região do bairro Aero Rancho. Depois de deixar os amigos, Carlos falou que saiu desesperado ao ver o estrago em sua Mercedes dirigindo sem rumo. O colombiano ainda afirmou que não viu qual veículo havia batido em seu carro e que o sinal estava verde para ele.

Segundo informações passadas por um sargento da Polícia Militar que prendeu Carlos Hugo em Rochedo, ele contou que estava em uma tabacaria com amigos e que havia bebido whisky e cerveja, mas não disse a quantidade. A Mercedes estaria entre 80 e 100 km/h. Em depoimento, Carlos ainda afirmou que não estava bêbado.

Ele teria chegado a perguntar para o sargento qual seria a pena no Brasil para crimes de trânsito. Carlos Hugo foi autuado por homicídio simples na forma tentada, homicídio culposo na direção de veículo automotor e omissão de socorro.