O crânio transportado por um boliviano em ônibus de viagem, que saiu de Campo Grande-MS com destino à Itu-SP, foi a única parte do corpo do homem a não ser queimado. Em depoimento na delegacia após ser preso, o passageiro alegou que “precisou transportar apenas a cabeça por uma tradição de sua cultura”.

Segundo o Metrópoles, o boliviano explicou no 4º Distrito Policial de Itu, que o irmão mais velho morreu na Argentina. A apreensão do crânio – que estava na bagagem de mão – ocorreu durante uma fiscalização da Polícia Rodoviária em Itu, na segunda-feira (7), por volta do meio-dia.

O passageiro relatou à polícia que mora em São Paulo, e a ossada passará por perícia. Ele foi autuado por transporte ou recolhimento de partes do corpo humano sem procedência.

A Festividad de las Ñatitas, celebrada na Bolívia no dia 8 de novembro, pode explicar o ritual feito pelo homem. Na data, famílias homenageiam os parentes mortos e expõem os crânios deles com flores, doces, enfeites e música. O Dia de los Muertos, comemorados no México, é uma das variações que ocorrem em toda a América Latina. Por lá, reproduções dos crânios são enfeitados com e artigos decorativos.