Antes de ser assassinado, o comerciante paraguaio Anselmo Medina, de 44 anos, executado a tiros na cidade paraguaia de Zanja Pytã, na fronteira com Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, havia feito uma live em rede social associando um político importante da região a vários crimes na linha internacional. Nas imagens, Anselmo faz duras acusações e diz que o desafeto teria, inclusive, fugido do Brasil.
“Você não me conhece. Você não sabe da minha estrada. Não tenho passagens [na polícia] como você, que foi expulso do Brasil. Você tem ficha suja no Brasil. Eu não, sou trabalhador e cumpro a lei […] você fica aí, fazendo coisa errada, escondido […] você não é nada pra mim [..] você não respeita o povo”, teria dito ele em trecho da gravação.
Por este motivo, logo após o assassinato, ocorrido na noite de terça-feira (9), o vídeo da live que estava disponível nas redes sociais viralizou, relacionando o crime ao político. No entanto, o político convocou uma coletiva de imprensa em seu gabinete e afirmou não ter nada a ver com a morte na fronteira.
Destacou ainda que a vítima era uma pessoa conhecida por tratar mal os próximos e, por este motivo, teria vários desafetos. O político disse ainda que está à disposição da Justiça para esclarecer qualquer dúvida sobre o envolvimento dele no crime, e que as alegações de Anselmo teriam sido provocações estimuladas por adversários políticos.
“Que digam o que quiserem de mim, até que sou homossexual, mas que não queiram me envolver em um ato tão grave como o de atentar contra a vida de um ser humano”, destacou, conforme divulgado pela imprensa paraguaia. Segundo já noticiado, Anselmo seguia de carro pela Rua Coronel De la Cruz, quando foi atacado por pistoleiros.