Pular para o conteúdo
Polícia

TRF-3 decide que cigarreiro alvo das operações Teçá e Nepsis seja processado ‘duas vezes’; entenda

Ele pedia a extinção de ação penal, alegando que respondia duas vezes pelo mesmo crime
Arquivo -

O TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) negou recurso a Ângelo Guimarães Ballerini, apontado como chefe de cigarreiros em Mato Grosso do Sul, que pedia extinção de duas ações penais que tramitam na 1ª Vara Federal de Naviraí, relativas à Operação Teçá, deflagrada em agosto de 2019. No entanto, por unanimidade, a 11ª Turma entendeu que os procedimentos não eram idênticos aos que vinham sendo investigados na Operação Nespsis.

Entenda

Ângelo foi alvo das duas operações e alegava que estava respondendo duas vezes pelos mesmos crimes. Contudo, de acordo com o colegiado, não há provas de que as duas ações são iguais. Segundo os autos, o trabalho relativo à Operação Nepsis trata dos crimes de contrabando, receptação, atividade clandestina de telecomunicações e organização criminosa, ocorridos no decorrer de 2017. 

Já a Operação Teçá aborda delitos de corrupção ativa, contrabando e atividade clandestina de telecomunicações, sucedidos entre maio e agosto de 2018.  “A comparação das denúncias leva à conclusão de que não são ações penais idênticas, pois tratam de fatos distintos e praticados em diferentes momentos, com lapso temporal razoável entre eles, o que inviabiliza, em princípio, a tese da continuidade delitiva”, pontuou o desembargador Nino Toldo, relator do processo.  

O réu ingressou com pedido de incompetência da 1ª Vara Federal de Naviraí para julgamento das ações da Teçá argumentando que já era alvo de investigação pelos mesmos fatos e condutas na Operação Nepsis.  A primeira instância já havia rejeitado o pedido por não haver identidade de causas entre o investigado nas duas operações. O réu recorreu ao TRF-3 pedindo a extinção dos processos, sob a alegação de que as provas são provenientes de compartilhamento entre as duas operações, configurando litispendência, conexão e crime continuado. 

Ao analisar o caso no , a 11ª Turma considerou que ficou demonstrado nos autos a origem distinta das investigações, o que torna possível que as provas sejam partilhadas, como foi feito. “Além disso, o compartilhamento de provas entre os juízos federais não implica prevenção”, frisou o desembargador federal relator. 

Para os magistrados, o argumento de litispendência já tinha sido examinado e rejeitado pelo TRF3 em outra ação penal proposta pelo réu. “A insistência nessa tese, antes de configurar exercício do direito à ampla defesa, pode caracterizar violação aos deveres da boa-fé processual”. 

A Operação Nepsis investigou suposto recebimento de vantagens por policiais, para facilitar a entrada ilegal de cigarros do Paraguai, em . A Operação Teçá apurou existência de organização criminosa responsável pela internalização de cigarros contrabandeados na região de fronteira com o Paraguai, próxima aos municípios de Mundo Novo, Japorã e

Com informações do TRF-3

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Após decidir clássico, Pedro volta a ser relacionado no Flamengo; Wesley aparece na lista

Acusada de matar o próprio filho, jovem é internada em MS

Com aditivo de R$ 1,65 milhão, contrato de asfalto sobe para R$ 9,14 milhões em Bataguassu

flexpark ação

Três anos após fim de concessão, Campo Grande vai indenizar em R$ 2,5 milhões o Flexpark

Notícias mais lidas agora

bodoquena

Após ‘enxurrada’ de questionamentos e prorrogação, MPMS contrata empresa por R$ 6 milhões

Agência Brasil

Veja 3 argumentos de Fux ao votar contra medidas ordenadas a Bolsonaro por Moraes

Bebê

Laudo aponta que bebê morreu asfixiada ao ser estuprada pelo pai em MS

Com pai detido em Campo Grande, Oruam se entrega à polícia após ter prisão decretada

Últimas Notícias

Brasil

Após Moraes liberar aumento parcial do IOF, governo libera R$ 20,6 bilhões do orçamento

Em maio, o governo tinha congelado R$ 31,3 bilhões do Orçamento

MidiaMAIS

Black Sabbath marcou adolescência de fãs campo-grandenses: ‘Influência muito grande’

Vocalista da banda, Ozzy Osbourne, morreu, aos 76 anos, nesta terça-feira (22)

Política

Sucateamento e superlotação nos ônibus disparam denúncias na CPI do Consórcio Guaicurus

Análise de 452 queixas aponta insatisfação da população com o serviço de transporte público de Campo Grande

Transparência

Prefeitura oficializa proibição de murta na Capital com veto a trechos da lei

Quem descumprir medida por ser multado em R$ 1 mil