Segundo informações do boletim de ocorrência, ambos estavam no interior do silo, localizado às margens da MS-270, na Paraíso, onde normalmente fica certa quantidade de produtos toda vez que precisa fazer acompanhamento de esvaziamento, manutenção ou outros serviços.

Conforme relato da testemunha, em dado momento foi percebido que no meio do silo, onde ocorre a esvaziamento do ‘bocal de saída’, o produto não descia. Foi quando a vítima fatal andou sobre o milho até o ponto do meio, onde fica instalada a saída dos produtos.

Rafael chegou a andar sobre o milho até o ponto do meio, onde fica instalada a saída dos produtos. Segundo a testemunha, a vítima fatal sentou na montanha de milho e passou a fazer movimento com os braços de puxar o milho sobre seu corpo. A testemunha achou até que fosse uma brincadeira da vítima.

Ainda segundo a ocorrência registrada na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), neste ponto do meio existe uma corda de segurança de uso obrigatório, que qualquer pessoa que faça essa locomoção no interior do silo deve usar presa a seu corpo, e que não foi utilizada pela vítima.

Conforme o relato do colega, com a metade do corpo afundada entre os grãos, Rafael pediu ajuda. Nesse momento, ele ainda tentou puxar, mas não conseguiu salvar a vítima. Depois disso, ele escalou até a porta de saída na lateral do silo, desceu as escadas e gritou para o funcionário que estava operando os trilhos de transportes dos grãos, que foram imediatamente desligados.

A administração da fazenda esclareceu que o procedimento de entrar no silo, às vezes, ocorre pela necessidade de operação e que os funcionários são treinados e orientados a usar os equipamentos de segurança para evitar e minimizar os riscos de acidente.