Suposto comunicado do PCC nega participação em execuções na fronteira de MS com 4 vítimas; veja a mensagem

Nota condena mortes de inocentes e não confirma que uma das vítimas seja membro da facção

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Suposta mensagem do PCC circula nas redes sociais
Suposta mensagem do PCC circula nas redes sociais

Circula nas redes sociais suposto comunicado assinado pelo PCC negando participação nas execuções ocorridas na manhã deste sábado (09) com 4 vítimas em Pedro Juan Caballero, fronteira do Paraguai com Ponta Porã, Mato Grosso do Sul. Entre as vítimas está Haylée Caroline Acevedo, de 21, filha do governador da província de Amambay, Ronald Acevedo.

Conforme o comunicado, Omar Vicente Álvarez Grance, de 32 anos, o Bebeto, que seria o alvo dos pistoleiros, não fazia parte da facção criminosa. A polícia não se pronunciou sobre a veracidade da mensagem. Confira a nota na íntegra:

“Nós do Primeiro Comando da Capital, viemos deixar ciente o crime em geral, e as autoridades governamentais e todos os veículos de comunicação mundial que nós não temos nenhuma participação ou autorização nas mortes ocorridas nesta data, e que também o único homem do incidente não é integrante da nossa organização.
Prezamos a vida, acima de tudo, porém quando temos que tomar alguma atitude referente ha alguém este mesmo é comunicado que está decretado a morte.
Não compactuamos, não concordamos com atos que causem a morte covardemente de pessoas inocentes, e combatemos tais atos.
Deixamos nosso pesar as famílias
Ass * Primeiro Comando da Capital*”

Veja abaixo o vídeo do momento do crime:

Execuções na fronteira

As estudantes de medicina Kaline Reinoso, de 20 anos, moradora de Dourados (MS), e Rhannye Jamilly Borges Oliveira, 18, de Cáceres (MT) estavam no veículo emboscado pelos criminosos. Morreram também os paraguaios Omar Vicente Álvarez Grance, de 32 anos, que dirigia o veículo, e Haylée Caroline Acevedo, de 21, filha do governador da província de Amambay, Ronald Acevedo.

Polícia Nacional conseguiu identificar as quatro vítimas do atentado

Polícia Nacional conseguiu identificar as quatro vítimas do atentado

O grupo saía de uma festa por volta das 6h30 quando o carro em que estava foi abordado por outro veículo. 

Kaline foi atingida por 14 disparos, enquanto Rhannye recebeu dez tiros. As duas brasileiras faziam medicina na Universidade Central do Paraguai (UCP), câmpus de Pedro Juan. Omar e a filha do governador foram atingidos por mais de trinta disparos.

Outras duas pessoas que estavam no veículo, Bruno Elias Pereira Sanchez e Rafaeli Nacimento Alvarez, ambos de 20 anos, foram atingidas pelos disparos e levadas com vida para um hospital particular. A polícia paraguaia acredita que Omar seria o alvo principal do ataque. Outra linha de investigação é de crime político. Pelo menos dez candidatos às eleições municipais que se realizam neste domingo (10), no país vizinho. Um irmão do governador, José Carlos Acevedo, prefeito licenciado de Pedro Juan Caballero, é candidato a um novo mandato de prefeito da cidade.

A família Acevedo domina o cenário político na região, que faz fronteira com o Brasil. Um irmão do governador, o então senador Robert Acevedo, sofreu um atentado em 2010. Ele levou dois tiros, foi socorrido e sobreviveu, mas dois seguranças morreram no ataque. Na época, o político e a polícia paraguaia atribuíram o crime a Primeiro Comando da Capital (PCC), facção paulista que tem ramificações no Paraguai. O Ministério Público designou uma equipe de promotores para acompanhar as investigações.

Vereador

Em Ponta Porã, lado brasileiro da fronteira, o vereador Farid Afif (DEM) foi assassinado a tiros no fim da tarde de sexta-feira, 8, quando pedalava sua bicicleta na região central da cidade. Ao ser abordado, ele ainda correu em direção a uma loja de veículos, mas foi perseguido e alvejado pelos atiradores O serviço de resgate foi acionado, mas já encontrou o parlamentar sem vida. A Polícia Civil de Ponta Porã investiga o crime.