Até ser afastada pela licença maternidade, a vítima continuou sendo assediada diariamente pelo agente, que chegou a dizer que ela “estava boa, mesmo grávida”. Quando voltou da licença, os assédios se intensificaram. A agente alega que chegou a ser proibida de ir a determinado pavilhão, pois o acusado dizia que ela só ia lá para “mostrar a bunda para os presos e agentes”.

Com os assédios, a vítima decidiu procurar o diretor do presídio, que ignorou a denúncia e ainda disse que ela estaria mentindo. Após tal denúncia, o acusado ainda passou a assediar moralmente a vítima, que por fim decidiu registrar boletim de ocorrência sobre o caso. A denúncia foi feita como assédio sexual.

Caso semelhante

Três dias antes, outra servidora já tinha procurado a Polícia Civil para denunciar o agente por importunação sexual. Segundo ela, o agente a importuna desde que chegou ao presídio. Em várias ocasiões, quando precisa cumprir horas-extras e queria acertar os horários com o colega, que ocupa cargo de chefia, ela acabava recebendo ‘cantadas’ indevidas.

O acusado a chamava de linda e de “delícia”. Segundo a agente, há dificuldade em comprovar os fatos, já que é proibido entrar na sala do acusado com aparelho celular. No entanto, a importunação sexual sempre ocorreu. Por conta deste, entre outros problemas, a agente precisou procurar ajuda psiquiátrica.

Também neste caso o diretor do presídio teria sido informado, sem tomar outras providências contra o servidor. Conforme apurado pelo Midiamax, após saber das denúncias feitas à Polícia Civil, o agente estaria coagindo as testemunhas dos assédios e importunações sexuais.

O jornal entrou em contato com a , que informou que o caso é apurado pela Corregedoria-Geral da instituição, bem como o boletim de ocorrência foi registrado pelos envolvidos junto à Polícia Civil.