A GCM (Guarda Civil Metropolitana) poderá ter, a partir do 1º trimestre de 2022, as câmeras portáteis instaladas nos uniformes dos agentes. A medida é colocada em prática por forças de segurança de outros estados na tentativa de conter eventuais desvios de conduta, abusos de autoridade e violência por parte dos agentes. A informação é do secretário Valério Azambuja, da (Secretário Municipal de Segurança e Defesa Social).

Segundo Azambuja, foram iniciados estudos de viabilidade técnica e financeira, além de análise de questões jurídicas, para a aquisição do material. Conforme o secretário, a contratação desse serviço será objeto de processo licitatório que deve ser lançado em breve pela prefeitura de Campo Grande.

As câmeras gravam tudo automaticamente e ininterruptamente, sem que o agente precise acioná-las, o que dá mais transparência às ações policiais.

“Entendemos que essa medida irá ajudar a elucidar eventuais excessos praticados por servidores da GCM.  Além disso, irá auxiliar os próprios servidores a comprovarem suas ações em processo disciplinar”, contou o secretário.

Azambuja disse, ainda, que a novidade pode ser utilizada na GCM partir do 1° trimestre de 2022. “Acreditamos que no primeiro trimestre 2022 será colocada em prática essa medida”, afirma.

Impacto nas ações

Estudo nacional divulgado no mês de outubro revelou que a instalação de câmeras no uniforme de agentes de segurança teve impacto positivo na diminuição de casos envolvendo violência policial. 

Estados como São Paulo, e Rondônia já possuem a câmera em pelo menos um policial militar de cada equipe que atua em trabalho nas ruas. Conforme o estudo, além de reduzir a violência policial, as câmeras contribuem para queda nos casos de desacato, no número de prisões e uso de algemas.

O Jornal Midiamax acionou a (Secretaria de Justiça de Segurança Pública) para mais detalhes sobre plano de implantação das câmeras nos uniformes de policiais militares de Mato Grosso do Sul, e, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, disse que quando as câmeras estiverem disponíveis, elas serão utilizadas depois de uma avaliação da força de segurança que realizará a ocorrência. 

“Serão empregadas para toda e qualquer atividade de risco julgada pertinente pela força de segurança, ou seja, pelo comandante geral da PM, pelo delegado Geral da Polícia Civil, nas operações que eles entenderem necessário, a recomendação é pertinente justamente porque muitos policiais civis foram mortos por indígenas”, ressaltou.

As imagens serão usadas para coibir qualquer abuso, mas principalmente para proteger os policiais envolvidos nessas ocorrências de risco, finaliza Videira.