Imagine ser humilhada constantemente e ser até mesmo chamada de ‘sarnenta' ou ‘azeda'. É isso que denuncia uma adolescente de apenas 17 anos, que acusa a gerente de uma cafeteria onde trabalhava de em Campo Grande. A jovem relatou que era desprezada no ambiente de trabalho e decidiu procurar a delegacia.

Conforme relatos feitos aos policiais, a adolescente trabalhava em uma cafeteria no bairro Chácara Cachoeira há cerca de cinco meses. Ela diz que exercia a função de atendente, mas que sofria constrangimentos por parte da gerente. A jovem relata que a mulher a impedia de conversar com os outros funcionários do local e que era muito ofendida.

Em uma ocasião, a jovem teria chegado para trabalhar com uma dermatite na perna, mas foi chamada de ‘preta sarnenta'. A gerente teria até feito uma reunião com os outros funcionários para reclamar do cheiro da adolescente. Como a situação ocorreu na frente dos colegas, a adolescente se sentiu extremamente humilhada.

Diante de tantos constrangimentos, a irmã mais velha procurou conversar com a dona do estabelecimento. Logo depois, a adolescente foi demitida e procurou uma advogada. O caso foi registrado como discriminação e injúria racial.

A advogada da adolescente, Mariana Canossa, ressalta que situações como esta são mais comuns do que se imagina. “Infelizmente não são todas as vítimas que tem coragem de denunciar. As mídias sociais tem um papel importante na divulgação desse tipo nojento de crime”, diz.