O sequestro que terminou com duas pessoas presas era, inicialmente, à residência no Bairro Coopharádio, na tarde desta segunda-feira (18), na Capital. Ao avistarem policiais militares, os bandidos mantiveram as duas vítimas reféns, de 51 e 80 anos, no interior da casa.

Segundo o subcomandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais), capitão Ronaldo Moreira de Araújo, e o supervisor operacional da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), tenente Marcos do Nascimento Silva, os bandidos não feriram as vítimas e a violência sofrida foi psicológica.

Os autores ainda realizaram um disparo de arma de fogo contra a parede da casa, “pela pressão do momento”. Eles também falavam que não iam matar as duas mulheres e exigiam a presença da imprensa e garantia da integridade física deles.

Policiais do Bope entraram na casa e o durou cerca de meia hora. Não foi confirmado, contudo, se os dois conheciam as vítimas ou sabiam da rotina da residência.

A Polícia Militar foi acionada para uma invasão de domicílio e, ao chegar no local, a ocorrência transformou-se em tentativa de roubo e cárcere privado. Os autores, então, decidiram prender as vítimas na casa, fazendo-as reféns.

O revólver utilizado pela dupla, aparentemente calibre 38, foi apreendido. Um conhecido da família informou ao Jornal Midiamax que a idosa só tem um filho que reside em Campo Grande. Ele acompanhou a negociação. Os outros dois, um homem que seria morador do Paraguai, e uma mulher, de Bonito, não estavam no local.

A idosa, de 80 anos, recebe atendimento de militares do Corpo de Bombeiros. A URSA (Unidade de Resgate e Suporte Avançado) permanece no local, mas a vítima não tem ferimentos.

Os sequestradores, que exigiam a presença da imprensa, entraram em contato com o Jornal Midiamax, por telefone, pedindo para que repórteres permanecessem no local. Todo o contato entre a reportagem e um dos bandidos foi acompanhado por negociadores do Choque. O caso será investigado pela Polícia Civil. 

Segundo o filho da proprietária da residência e vítima, de 59 anos, os bandidos entraram na casa afirmando serem prestadores de serviço da Telems. “Pareceu americano, fiquei com medo de matarem ela”, afirmou.