O quarto suspeito envolvido no assassinato de Luiz Felipe da Silva, de 22 anos, morto com mais de 20 tiros no Jardim Tijuca no dia 31 de março se apresentou nesta quinta-feira (8) na 6º Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande negando o crime. Ele foi ouvido e liberado.

Segundo o delegado Giulliano Biaccio durante o depoimento, o suspeito negou que tenha participado do homicídio. Ele disse que não teve participação, já que nem mora em Campo Grande, e está morando em há 3 meses. Negou que tenha emprestado o veículo Fiat Uno para o assassinato de Luiz, já que o carro não seria dele. Ele foi indiciado por homicídio qualificado, associação criminosa e tráfico de drogas. Ele foi ouvido e liberado, pois não estava em situação de flagrante

Dois foram presos pelo crime, e o traficante Thiago Paixão já estava preso quando o homicídio foi encomendado. Ele seria o mandante do assassinato do rapaz. O inquérito foi fechado e os envolvidos no crime foram indiciados por homicídio qualificado, tráfico de drogas, associação criminosa e receptação. Thiago Paixão que já está preso também será indiciado pelos mesmos crimes.

Felipe foi assassinado por estar  “disputando” o comércio com um traficante – Thiago Paixão. Este, não teria gostado de saber que Luiz vendia droga sem comprar dele. Um adolescente prestou depoimento no dia do crime e contou que estava com Luiz e outro rapaz na casa, quando “um homem ‘gordinho' chegou e pediu uma paradinha (sic)”. O suspeito dirigia um veículo Fiat Uno de cor cinza, segundo o adolescente, e desceu do carro já fazendo os disparos.

A testemunha contou que conseguiu correr para atrás do sofá, na tentativa de se esquivar dos disparos, mas ainda foi atingido de raspão em uma das mãos. Por fim, ele relatou que o traficante teria dito que “o valor para matar Luíz seria menos de uma ‘caixinha' de cerveja (sic)”. O outro rapaz teria conseguido se esconder na parte de trás do imóvel. Ao sair de trás do sofá, o adolescente já teria encontrado Luíz morto, e ainda alegou que dois dos ocupantes do carro “deram um confere (sic)” na vítima, para terem certeza de que estava morto.

Passagem por furto de “tv devolvida”

Segundo a polícia, foi Luiz quem cometeu furtos em fevereiro no Ramez Tebet e Nova Lima. Após ser identificado pelas equipes da 6ª Delegacia de Polícia Civil, ele se arrependeu e comprou uma televisão novapara uma das vítimas, avaliada em R$ 2 mil, parcelada em 10 vezes. Ele chegou a se apresentar na delegacia no dia 5 de março.

Como a casa não tem muros, apenas uma cerca baixa, os suspeitos teriam se aproximado pela frente e começado a atirar. Assim, rodearam a residência, que fica em uma esquina, até chegarem bem perto da vítima. A princípio pela contagem das capsulas deflagradas no local, de calibre .380, foram pelo menos 20 disparos feitos.