Um grupo que foi desarticulado pela polícia, que era especialista em roubar e atravessar veículos na fronteira, após sequestro e cárcere privado de um caminhoneiro chegou a pedir R$ 7 mil de para o patrão da vítima. Um dos presos, uma mulher conhecida como ‘madrinha' tinha uma dívida com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

O patrão do caminhoneiro sequestrado procurou a delegacia após desconfiar de que havia algo errado, já que o funcionário mandou mensagens por diversas vezes pedindo para que ele fizesse transação bancária, Pix, afirmando que quando voltasse devolveria o valor de R$ 60, o que foi feito pelo patrão.

Mas, em seguida o motorista teria enviado outra mensagem dizendo que o motor do caminhão estava esquentando pedindo novamente que o patrão fizesse outra transferência bancária, desconfiado o homem procurou a delegacia avisando que seu caminhoneiro tinha sido sequestrado.

Segundo informações foi feito o pedido de resgate de R$ 7 mil. A vítima disse que foi colocada em um porta-malas de um carro e levado para uma casa, onde foi colocado com os olhos vendados em cima de uma cama até a sua liberdade durante a madrugada do dia seguinte, sendo liberado próximo a Base Aérea.

A prisão

De acordo com a polícia, durante fiscalização na região da BR-262, em Miranda, a PRF abordou um caminhão guincho e constatou que o veículo era roubado. O motorista, que estava a caminho da Bolívia e acabou preso, havia recebido uma transferência bancária no valor de R$ 500, feita por um dos integrantes do bando, que seria morador na Rua Belém, no Jardim Imá. 

A suspeita era de que tal indivíduo teria pago o motorista para atravessar o caminhão na fronteira. Em seguida, a PRF descobriu também que uma mulher moradora na Rua Eugênio, no bairro Buriti, seria a responsável pela contratação do atravessador. Diante dos fatos, foi acionado apoio do Choque e, ao mesmo tempo, as equipes fizeram buscas nas residências destes dois suspeitos. 

O homem morador no Imá, inicialmente negou ter feito qualquer transferência ao condutor do caminhão roubado. Contudo, em seguida acabou confessando que agiu a pedido da mulher. A mulher, por sua vez, alegou que tem uma dívida com o PCC e que por este motivo, agia como uma  ‘madrinha', intermediando roubos de veículos que são levados tanto para a Bolívia quanto para o Paraguai. 

Consta ainda que durante o atendimento da ocorrência, os policiais foram informados que o empresário dono do caminhão recebia mensagens dos bandidos exigindo dinheiro.  O motorista vítima, sequestrado e mantido em cárcere privado, foi liberado por volta das 03h20, nas proximidades da Avenida Lúdio Martins Coelho. Há suspeita de participação de mais criminosos, mas apesar das buscas, nenhuma outra pessoa foi presa. A Polícia Civil investiga o caso.