Para pagar dívida com o PCC, ‘madrinha’ articulava sequestro de motoristas e roubos de caminhões em MS

Grupo foi desarticulado pela polícia nesta madrugada

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Ação conjunta entre o Batalhão de Choque da Polícia Militar e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) desarticulou na madrugada deste domingo (09) um grupo especializado em roubar e atravessar veículos na fronteira, após sequestro e cárcere privado de um caminhoneiro. Um homem de 26 anos e uma mulher de 43 anos foram presos em Campo Grande, e as informações são de que eles vinham agindo para pagar uma dívida de tráfico com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

De acordo com a polícia, durante fiscalização na região da BR-262, em Miranda, a PRF abordou um caminhão guincho e constatou que o veículo era roubado. O motorista, que estava a caminho da Bolívia e acabou preso, havia recebido uma transferência bancária no valor de R$ 500, feita por um dos integrantes do bando, que seria morador na Rua Belém, no Jardim Imá. 

A suspeita era de que tal indivíduo teria pago o motorista para atravessar o caminhão na fronteira. Em seguida, a PRF descobriu também que uma mulher moradora na Rua Eugênio, no bairro Buriti, seria a responsável pela contratação do atravessador. Diante dos fatos, foi acionado apoio do Choque e, ao mesmo tempo, as equipes fizeram buscas nas residências destes dois suspeitos. 

O homem morador no Imá, inicialmente negou ter feito qualquer transferência ao condutor do caminhão roubado. Contudo, em seguida acabou confessando que agiu a pedido da mulher. A mulher, por sua vez, alegou que tem uma dívida com o PCC e que por este motivo, agia como uma  ‘madrinha’, intermediando roubos de veículos que são levados tanto para a Bolívia quanto para o Paraguai. 

Consta ainda que durante o atendimento da ocorrência, os policiais foram informados que o empresário dono do caminhão recebia mensagens dos bandidos exigindo dinheiro.  O motorista vítima, sequestrado e mantido em cárcere privado, foi liberado por volta das 03h20, nas proximidades da Avenida Lúdio Martins Coelho. Há suspeita de participação de mais criminosos, mas apesar das buscas, nenhuma outra pessoa foi presa. A Polícia Civil investiga o caso.

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