Foi descartado o arquivamento do processo sobre o assassinado do jornalista Léo Veras, morto a tiros e sua casa em fevereiro de 2020. O Tribunal de Apelação criminal do descartou o arquivamento definitivo da denúncia. Na época do crime, nove pessoas foram presas. 

Seis pessoas acabaram denunciadas por associação criminosa e porte ilegal de arma, em 2020 em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã, que fica a 323 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o site ABC Color, os cinco homens e uma mulher são suspeitas de ligação na execução do jornalista Léo Veras, de 54 anos, mas a investigação sobre o assassinato ainda não foi concluída e o grupo permanece processado apenas por associação criminosa e por estar com as armas apreendidas alguns dias depois da morte.

São eles: Óscar Duarte, Marcos Aurélio Vernequez Santacruz, Cinthya Raquel Pereira Leite Luiz Fernando Leite, Sansão de Souza e Vinicius de Souza Cardoso, que recorreram e pediram o arquivamento das denúncias. Mas, três magistrados ratificaram decisão de maio deste ano e mantiveram o andamento do processo.

Execução Léo Veras

Ao menos quatro pessoas teriam participado do homicídio do jornalista, Leo Veras que  estava em casa, jantando com a família, quando o grupo invadiu o local, na noite do 12 de fevereiro. Um dos autores ficou no veículo modelo Jeep Grand Cherokee usado no transporte, e outros três realizaram o ataque. Logo ao levar os primeiros tiros, Léo correu para os fundos da residência, uma área escura, na tentativa de se proteger, mas foi perseguido.

Lá, os criminosos os terminaram de matá-lo com o total de 12 disparos. Em seguida o amordaçaram. Vídeos do local do crime divulgados logo após o assassinato mostram um pano branco, ensanguentado, que foi usado para tapar a boca do jornalista. A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) acompanha o caso e divulgou nota oficial afirmando que não aceitará que o crime fique impune.

Prisões

As prisões aconteceram após a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) divulgar que os tiros que atingiram o jornalista brasileiro assassinado Lourenço Veras, o Léo Veras, de 52 anos, foram disparados de uma pistola Glock 9 mm. Esta mesma arma foi utilizada em execuções de ao menos outras sete pessoas na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero.

Todos os crimes estariam relacionados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo a Associação. Exame de balística forense feita em na capital Assunção, identificou em cartuchos recolhidos na casa de Léo, o mesmo padrão de marca produzido pelo percussor da pistola no instante do disparo, que é uma espécie de impressão digital, única para cada arma.