O professor de geografia, de 55 anos, de Aquidauana, a 135 quilômetros da Capital, preso desde 22 de janeiro deste ano acusado de estupro de vulnerável, continua recebendo salário de R$ 15,3 mil. Ele estupro sua afilhada dos 8 aos 18 anos dela e os crimes ocorreram entre os anos de 2010 e 2020.

Segundo apurado pelo O Pataneiro, o Portal da Transparêcia indica que ele ainda recebe o salário de funcionário contratado da SED (Secretaria Estadual de Educação) e não há extratos de exoneração do servidor. No dia 22 de agosto de 2017 ele chegou a ser normeado como titular do Fórum Permanente dos Usuários do SUS (Sistema único de Saúde). Ele ocupou cargo da SED no município como membro do Conselho Municipal de Saúde.

Relembre o caso

Segundo consta na denúncia, em dezembro de 2020, a vítima estava a passeio na cidade com sua amiga, quando em um o professor apareceu deixando a jovem em prantos. Quando sua mãe a questionou sobre os fatos, ela contou sobre os estupros que ocorriam desde que ela tinha 8 anos, e que o homem havia tirado a sua virgindade.

O último estupro havia ocorrido em agosto de 2020. O homem a estuprava quando a levava para comer lanches, e também em outros locais quando aparecia na saída da escola para busca-la. O acusado chegava a dar R$ 20, como forma de ‘recompensa' pelos abusos. Ele também a ameaçava dizendo “que acabaria com ela” caso ela contasse para alguém acerca dos fatos.

Segundo informações da vítima, por várias vezes, precisou tomar pílula do dia seguinte compradas pelo denunciado, sendo que no último episódio de estupro achou que estava grávida do denunciado, contudo fez o teste de e deu negativo.

A vítima ficou com graves sequelas psicológicas, apresentando ao longo desse período comportamento de isolamento, depressão, automutilação e tentativas de suicídio.