O engenheiro preso pela Polícia Federal durante a deflagração de operação conjunta da Polícia Federal com a Receita Federal, nessa quarta-feira (24), contra líder de organização criminosa do tráfico de drogas disse ter a pistola para sua defesa pessoal teve a liberdade concedida após pagamento de fiança de R$ 5 mil.

Além do pagamento da fiança foi determinado o recolhimento domiciliar noturno e a monitoração eletrônica, com tornozeleira. A arma encontrada com o engenheiro foi comprada por R$ 4 mil há 3 anos. 

Durante a prisão, ele revelou que comprou a arma por desavenças, na cidade de Amambai. Foram apreendidos ainda pelos policiais federais mais 44 cartuchos que estavam guardados no closet do autor. 

As operações

As investigações tiveram início com a abordagem e fuga do líder da organização criminosa no posto de imigração fronteiriço entre Corumbá e  Bolívia. Quando preso, foram encontrados com o líder da organização criminosa uma extensa contabilidade da organização, 10 aparelhos celulares e documento falso que, após análises, confirmaram o envolvimento do líder com o tráfico internacional de cocaína feito com aeronaves. 

Durante as investigações em fevereiro de 2019, foi apreendida uma carga de quase meia tonelada de cocaína em uma aeronave vinda da Bolívia e identificados diversos participantes da organização.

Foram cumpridos quatro mandados de prisão e nove de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande e Dourados, em Atibaia, no estado de São Paulo, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, e em Foz do Iguaçu, no Paraná. Também foi determinado o sequestro de um imóvel de luxo, diversos veículos e duas aeronaves. 

Nome da operação: Canis 

Canis aureus é o nome científico do chacal, animal que apelidava o principal alvo da operação, o qual já foi investigado e preso em operações anteriores, todas relacionadas ao tráfico de entorpecentes. 

Operação Urano

Foi iniciada para apurar as atividades de um grupo envolvido com o tráfico internacional de drogas da cidade de Amambai. Em Naviraí, os agentes apreenderam  cerca de 220 quilos de maconha. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, e um mandado de prisão, em Campo Grande e Goiânia.

Nome da operação: Urano

Remete ao nome do principal investigado, que coincide com o nome de uma das luas do planeta Urano.