Policial foi flagrado monitorando colegas do Garras que seriam alvo de atentado em MS, segundo Gaeco
Denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) aponta para um sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul que passava informações sobre colegas policiais civis para o grupo criminoso que foi alvo da Operação Omertà, que teve sua primeira fase deflagrada em setembro de 2019 levando para a prisão cerca […]
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Denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) aponta para um sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul que passava informações sobre colegas policiais civis para o grupo criminoso que foi alvo da Operação Omertà, que teve sua primeira fase deflagrada em setembro de 2019 levando para a prisão cerca de 21 pessoas.
De acordo com a denúncia do Gaeco, o sargento da PM passou a receber propina da organização para prestar serviços de ‘proteção’ e também serviços ligados ao crime, como homicídios, além de proteger os negócios como os jogos de azar e tráfico de armas. Na 1º fase da Operação Omertà, um arsenal foi descoberto em uma residência no bairro Monte Líbano, em Campo Grande, que estava sob a guarda de Marcelo Rios, ex-guarda-municipal preso e que agora ocupa uma cela no Presídio de Segurança Máxima de Mossoró. O armamento era composto por fuzis, pistolas e outros armamentos pesados de guerra.
Na denúncia feita pelo Ministério Público, o PM estaria monitorando colegas que seriam alvos da organização criminosa que mesmo depois de ter o cabeça preso ainda tentou executar um plano de assassinato para um delegado que fez parte da operação, que acabou em sua prisão.
Dados sigilosos
O sargento estaria com a tarefa de monitorar os colegas para que um plano de execução entrasse em prática, e os envolvidos na Operação Omertà fossem executados. O policial fazia serviços para o grupo criminoso como pesquisa em bancos de dados sigilosos de acesso restrito, violando o sigilo funcional em prol da organização.
Conversas entre Marcelo Rios e o sargento foram extraídas do celular do acusado demonstrando que ele estava monitorando os colegas para o plano de execução do grupo criminoso. Um caderno com anotações feitas pelo militar demonstram que ele era responsável por fazer pagamentos as famílias aos presos da 1º fase da Omertà para evitar que eles colaborassem com a Justiça.
Ainda na denúncia, o Gaeco revela que o sargento teve participação ativa e direta na preparação de um veículo Cherokee, que teria sido usado em um assassinato em Ponta Porã, do ex-candidato a prefeito e ex-candidato a vereador da cidade, Chico Gimenes. 10 homens fortemente armados foram envolvidos no crime.
O Ministério Público por fim pede pela condenação do sargento da PM por envolvimento com organização criminosa como também pela perda de seu cargo. Ainda é pedido pelo seu indiciamento por integrar organização criminosa, corrupção passiva, e violação de sigilo funcional.
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