Policiais militares integravam organização que movimentou R$ 155 milhões com drogas em MS

Operação da Polícia Federal fez apreensões e chegou aos policiais militares em MS

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Operação mirava em quadrilha especializada no tráfico e lavagem de dinheiro
Operação mirava em quadrilha especializada no tráfico e lavagem de dinheiro

Durante a Operação Aqueus, da Polícia Federal, policiais militares de Ponta Porã tiveram bens apreendidos e um homem foi preso em flagrante em Campo Grande, na Chácara das Mansões. Liderada por dois três-lagoenses, a quadrilha, alvo da operação realizada na terça-feira (14), chegou a movimentar mais de R$ 155 milhões em 14 meses.

O Midiamax apurou que são apontados como líderes da organização criminosa Heitor Ferreira Gomes, o ‘Gordinho’, que deu nome à operação e já tem várias passagens pela polícia, e Alexandro da Silva Paixão. Entre 2020 e 2021, período de investigações, os criminosos chegaram a movimentar mais de R$ 155 milhões, além de transportarem toneladas de droga.

Ainda conforme as investigações, em Campo Grande o grupo mantinha uma chácara, onde funcionava um depósito de drogas. No local, um homem foi preso em flagrante com duas armas de fogo, um revólver e uma carabina. A droga vinha de Ponta Porã, era deixada na chácara e depois transportada para Três Lagoas.

Já na fronteira com o Paraguai, em Ponta Porã, ao menos quatro policiais militares foram alvos de mandados de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos nas casas e também no batalhão e apreenderam documentos e celulares.  

Alguns dos integrantes da organização foram identificados como membros do PCC (Primeiro Comando da Capital). O grupo usava empresas de fachada para a lavagem de dinheiro, bem como compra de imóveis, fazenda e propriedades. Familiares dos criminosos foram usados neste período como ‘laranjas’, na tentativa de ocultar os bens.

Operação Aqueus

Segundo a PF, a droga que vinha da fronteira para Campo Grande e posteriormente Três Lagoas era redistribuída para o litoral paulista, Grande São Paulo e interior de Minas Gerais. O núcleo especializado na lavagem de dinheiro chegou a movimentar mais de R$ 155 milhões em apenas 14 meses.

O dinheiro em espécie era transportado em veículos e também eram feitas movimentações nas contas de parentes próximos dos criminosos, que integravam a quadrilha. Para ocultar os bens, eles investiam em imóveis registrados no nome de laranjas. Entre 2020 e 2021, os líderes receberam mais de R$ 3,5 milhões nas contas desses laranjas.

A PF acredita que o lucro tenha sido ainda maior. Durante as investigações, 8 pessoas foram presas em flagrante. Nesta terça, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 22 de prisão preventiva, 7 de prisões temporárias, além do sequestro de 13 imóveis e o bloqueio judicial de contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas.

Entre os imóveis sequestrados estão uma fazenda em Água Clara e uma casa de veraneio a beira-rio em Três Lagoas, propriedades com valores estimados em mais de R$ 4 milhões. Os mandados foram cumpridos em Três Lagoas, Água Clara, Campo Grande, Ponta Porã, Ribeirão Preto (SP), Guatapará (SP), Aparecida (SP), Guaratinguetá (SP), Potim (SP), Paulínia (SP), São José do Rio Preto (SP), São José dos Campos (SP), Guarujá (SP), José Bonifácio (SP), São Paulo (SP), Douradina (PR), Sarandi (PR), Maringá (PR), Maria Helena (PR), Colombo (PR), Laranjeiras do Sul (PR) e Baependi (MG).

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