Após denúncias, policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) encontraram um vestido que seria de Jayne Martins Ramires, de 23 anos, residente na aldeia Bororó, desaparecida há 43 dias. De acordo com a denúncia, um corpo estaria em uma casa, porém foi localizado apensa o vestido que seria da jovem. A Polícia Civil continua nas buscas.

A Defensoria Pública de entrou com pedido de abertura de inquérito sobre o desaparecimento da jovem, residente na aldeia Bororó. Familiares estão à sua procura desde o dia 26 de outubro. Há suspeitas de que a indígena tenha sido vítima de feminicídio.

O pedido de abertura do inquérito foi encaminhado pela defensora Neyla Ferreira Mendes, coordenadora do NÚPIIR (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Povos Indígenas e da Igualdade Racial e Étnica), à delegada Paula Ribeiro dos Santos, titular da (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) de Dourados.

“Há notícias de que seus benefícios sociais foram sacados e que todos seus bens e seus documentos continuam em sua casa”, informou a defensora, que recebeu uma solicitação de ajuda, via WhatsApp, do movimento de mulheres da RID (Reserva Indígena de Dourados).

Segundo relato dos familiares de Jayne, ela teria deixado o local na companhia de um homem, que seria morador da Reserva Lagoa Rica. Diversas ligações já foram feitas para o celular da jovem, mas nenhuma delas foi atendida.

Conforme o boletim de ocorrência registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), Jayne Martins vestia saia e uma jaqueta preta. Quem tiver informações sobre o paradeiro da jovem, pode entrar em contato com o SIG (Setor de Investigação Geral) pelo telefone 3411-8080.

A reportagem do Midiamax apurou que o movimento de mulheres das aldeias montou grupo de voluntários e desde a tarde desta terça-feira (7) intensificam as buscas em algumas matas que ficam próximas à Reserva Indígena. Elas receberam informações de que Jayne foi assassinada.

“Hoje estaremos na divisa entre a aldeia e propriedade do Tonani, naquela matinha que existe ali. Recebemos informações de que o corpo da Jayne pode estar naquela região”, diz um áudio divulgado por uma das mulheres que coordena o grupo de busca entre os moradores e que conta com o apoio dos agentes do SIG.