Após quatro meses da execução de Geraldo Ramos Villa, de 36 anos, morto com 60 tiros de fuzil em frente a sua casa no bairro Iracy Coelho Netto, em Campo Grande, a polícia ainda aguarda por laudos. Geraldo já tinha sido vítima de três atentados antes do seu assassinato, em 2007 e 2015.

De acordo com o delegado Gustavo Bueno, da 5ª Delegacia de Polícia Civil, que está à frente do caso, ainda são aguardados resultados de confrontos de informações. Bueno não deu mais detalhes sobre o homicídio, que segue em investigação.

Foi levantada a suspeita de que Geraldo pudesse ter ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), já que o modo de execução e as armas usadas, um fuzil 556 e 762, geralmente são as escolhidas por facções criminosas. Em 2007, Geraldo foi vítima de dois atentados, sendo que neste mesmo ano ele teria cometido um homicídio. Em 2015 mais uma vez tentaram matar Geraldo, antes da execução em 2021.

Carro queimado

Um carro que teria sido usado pelos atiradores na execução de Geraldo foi encontrado queimado em uma área rural, na região do bairro Itamaracá, e passou por perícia para comprovar a ligação com o crime. O veículo foi achado por volta das 22 horas, do dia 17 de abril. 

 

Ficha criminal

Geraldo também tem ficha criminal. Conforme apurado pelo Midiamax, o crime teria sido cometido em 2004 e ele foi preso, mediante mandado de prisão, em 2007. Dois anos depois da prisão, em 2009, o réu foi a júri popular, em setembro daquele ano. Por se tratar de caso antigo, não foi possível identificar registro digitalizado dos fatos. No entanto, trata-se de homicídio doloso.

A execução

O assassinato de Geraldo aconteceu por volta das 21 horas do dia 16 de abril, quando a vítima guardava a camionete na garagem de casa, sendo que os atiradores chegaram em um veículo HB20, de cor prata. Um dos autores desceu do carro e passou a fazer os disparos contra Geraldo, que foi atingido com cerca de 60 tiros.

Uma testemunha que estava indo para casa viu Geraldo sendo assassinado e depois os autores fugindo no carro, de cor prata. A perícia encontrou 57 cápsulas no local, além de quatro munições sendo três percutidas e não deflagradas. Também foram recolhidos no local dois aparelhos celulares que estavam ao lado do corpo de Geraldo.