PM que negociou venda de cocaína e arma é condenado a 24 anos e excluído da corporação
Outros dois militares foram absolvidos dos crimes
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Foi condenado nesta quarta-feira (1º) o soldado Deyvison Hoffmeister dos Santos, pelos crimes de peculato, tráfico de drogas, falsidade ideológica e comércio ilegal de arma de fogo. Preso desde o dia 23 de agosto, ele era investigado por negociar 25 quilos de cocaína e também será excluído da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul).
Lotado em Dourados, o militar foi condenado por maioria, a 24 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado, além do pagamento de 1000 dias-multa, equivalente a R$ 36,6 mil. Além disso, foi considerada aplicação da pena acessória por conta da gravidade dos crimes praticados, excluindo o militar da corporação.
Os outros dois policiais denunciados foram absolvidos e tiveram os alvarás de soltura expedidos. Eles também estavam presos preventivamente desde a Operação Evidentia, realizada em agosto.
Negociação de droga
Conforme a denúncia apresentada no dia 3 de setembro, os policiais militares se apossaram de um carregamento de cocaína apreendido em abril, em Dourados. Originalmente, o traficante foi preso com 35 quilos da droga, mas no boletim de ocorrência os policiais registraram apenas 10 quilos.
Assim, Hoffmeister teria negociado a venda dos 25 quilos de cocaína com outro traficante, por WhatsApp. A identificação aconteceu após tal traficante ser preso com 11,6 quilos de cocaína no dia 8 de abril deste ano. Com a prisão, ele teve o celular apreendido e, então, o policial foi identificado.
Além da troca de mensagens para venda da droga, o militar também mandou várias fotos de armas de fogo para o traficante. Ele ainda negociava a venda de armas com outras pessoas. Os três policiais que estariam envolvidos no ‘furto’ da droga durante a apreensão, falsificação de informação no boletim de ocorrência e revenda do entorpecente foram denunciados.
Hoffmeister ainda foi denunciado pelo comércio ilegal de arma de fogo. Menos de uma semana após o oferecimento, o juiz Alexandre Antunes da Silva, da Auditoria Militar, recebeu a denúncia, tornando os três policiais réus.
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