Foi publicada, na segunda-feira (12), decisão que determina pagamento de pensão por parte do policial militar Dijavan Batista dos Santos, para a família de Júlio César Cerveira Filho. O bioquímico foi assassinado pelo militar em uma sala de cinema, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, em julho de 2019.
Conforme a decisão do juiz José Domingues Filho, da 6ª Vara Cível de Dourados, foi determinado pagamento de 2/3 de R$ 3.904,88, conforme entendimento fixado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) totalizando R$ 2.603,25. O valor será dividido entre a viúva e a filha da vítima, metade para cada.
A pensão por morte será paga para a filha de Júlio Cesar até ela completar 18 anos, ou até os 24 anos, caso ela ingresse em universidade. O valor será acrescido ao da mãe, que receberá até os 75 anos. Atualmente, o militar recebe salário de R$ 5.967,49, conforme informação do Portal da Transparência.
O crime
Conforme inquérito policial, o policial militar ambiental informou que estava na sala de cinema no shopping de Dourados, acompanhado dos dois filhos, de 14 e 10 anos de idade. A família ocupava as poltronas 9, 10, 11 da fileira sete e um dos filhos do policial sentava ao lado de Júlio Cesar. Júlio, conforme relato, começou a abrir e fechar os braços, também as pernas, batendo contra o menino sentado na poltrona 11.
Neste momento, o pai optou por trocar de lugar com o filho e pediu para que a vítima parasse com as provocações. A vítima teria saído do local e dado um tapa no rosto do filho do policial. Já nas escadarias de saída, Júlio teria puxado a camisa do policial e dito para que resolvessem a situação ali mesmo. Dijavan se identificou como PM e sacou a arma que portava na cintura, uma pistola calibre .40. Júlio tentou tirar a arma do policial, quando foi dado um disparo que o matou.
