PM que contrabandeava cigarro é expulso da corporação com colega que tentou extorqui-lo

Os dois foram condenados à prisão

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Dois policiais militares foram condenados à expulsão da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), após enfrentarem processo por contrabando e corrupção. A sentença contra Edevaldo Aleixo Marques Fontes e Weliton Arce Espíndola foi publicada no Diário da Justiça desta segunda-feira (24).

Segundo apontado pela denúncia, Weliton viajava em uma picape Montana, acompanhado do pai, na região de Ponta Porã, no dia 10 de abril de 2018. Ao passar pela Base Operacional da PMRE (Polícia Militar Rodoviária Estadual), ele foi abordado por Edevaldo, que identificou os 630 maços de cigarro paraguaios que o colega levava na carroceria.

Weliton teria se identificado como policial e pedido que o colega não o denunciasse, pois estaria passando por problemas financeiros e precisava do ‘extra’ para ajudar a família. Edevaldo então teria pedido os documentos do PM e entrou para a base, sem dar voz de prisão ao policial, mesmo com a situação de flagrante.

A princípio, foi registrada fuga de Weliton e do pai dele enquanto Edevaldo estava dentro da base operacional. No entanto, foi apurado nas investigações que Edevaldo teria tentado cobrar vantagem indevida do colega, para que ele retirasse o veículo apreendido. Uma testemunha chegou a relatar que Weliton pedia a ele R$ 5 mil emprestado para recuperar a picape.

Conforme a sentença, Edevaldo foi condenado por concussão a 4 anos, 2 meses e 12 dias de reclusão em regime semiaberto. Weliton foi condenado a 2 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto, por contrabando. Os dois também foram condenados à exclusão dos quadros da PMMS.

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