Paraguai investiga participação de militares em vendas de armas encontradas com o Comando Vermelho

Vistoria constatou a falta de sete fuzis e 15 pistolas 9 milímetros, confiscadas em operações anteriores e que voltaram às mãos de criminosos

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Ela quer saber por que as armas que deveriam estar sob custódia foram utilizadas no resgate do narcotraficante Teófilo Samudio
Ela quer saber por que as armas que deveriam estar sob custódia foram utilizadas no resgate do narcotraficante Teófilo Samudio

O Ministério Público do Paraguai, com o apoio do Departamento de Crime Organizado, investiga a comercialização de armas já apreendidas em operações policiais. A denúncia teve início com o desaparecimento de pistolas e fuzis que foram encontradas com integrantes do CV (Comando Vermelho).

Na tarde da terça-feira (5) a Dimabel (Diretoria de Material de Guerra) recebeu vistorias da promotora Alicia Sapriza. Ela quer saber porque as armas que deveriam estar sob custódia foram utilizadas no resgate do  narcotraficante Teófilo Samudio, vulgo Samura, líder do CV, ocorrido em setembro de 2019, na Costanera Zona Norte, em Assunção.

A promotoria afirmou ter ficado preocupada com o fato de uma arma de fogo já apreendida ter sido encontrada com Freddy Esteban González Núñez, que teria participado do resgate de Samura e é o suposto autor do assassinato do comissário Félix Ferrari.

Os investigadores foram ontem à Dimabel para ver se a arma ainda estava guardada, mas descobriram  que ela tinha desaparecido, assim como várias outras armas. Há suspeitas que os militares teriam vendido ou devolvido à facção criminosa.

Durante a vistoria, os agentes do Departamento de Crime Organizado, acompanhados pela promotora, constataram a falta de sete fuzis, dois deles calibre 7,62, cinco calibres 5,56 e 15 pistolas 9 milímetros.