Operador financeiro do narcotráfico internacional é preso na fronteira

Kassem Mohamad Hijazi era procurado pelo Governo dos Estados Unidos e estava escondido em Ciudad Del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu

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Kassem recebe mandado de prisão dos agentes especiais da polícia federal paraguaia
Kassem recebe mandado de prisão dos agentes especiais da polícia federal paraguaia

Uma operação desencadeada na manhã desta terça-feira (24) pelos agentes especiais da SIU (Unidade de Investigação Sensível) da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), põe fim à caçada ao homem considerado braço financeiro do narcotráfico internacional. Kassem Mohamad Hijazi era procurado pelo Governo dos Estados Unidos e estava escondido em Ciudade del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu.

Kassem era considerado um alvo estratégico para as polícias federais de diversos países, uma vez que desempenhava papel crucial no fornecimento de recursos e na infraestrutura para facilitar os serviços de lavagem de centenas de milhões de dólares gerados por grupos internacionais de crime organizado, incluindo grandes grupos nos Estados Unidos e na América do Sul.

Segundo informações da Senad, em 2004, Kassem Mohamad Hijazi, e seu irmão Chadi Mohamad Hijazi, foram investigados pela justiça paraguaia pelos atos puníveis de evasão fiscal, lavagem de dinheiro e remessa ilegal de moeda.

Em 8 de março do mesmo ano, a dupla foi autuada pela Unidade Econômica e Anticorrupção de Ciudad del Este no Processo nº 2979/04. Durante o processo, foram encontrados cadernos e livros de contabilidade de uso ilegal e clandestino, nos quais foram registrados dados sobre estabelecimentos comerciais, quantias em dinheiro, códigos de identificação e transações financeiras.

Esses cadernos, conforme as autoridades paraguaias, continham informações sobre as comissões que Kassem recebia por essas transações financeiras e os valores transferidos para o exterior.

De acordo com as investigações da época, ele operava com seis casas localizadas em Ciudad del Este, que eram utilizadas para realizar transferências ilícitas de dinheiro pertencente a particulares e estabelecimentos comerciais que contratam seus serviços, estima-se que através desta modalidade milhões de dólares são exportados para o exterior.