O advogado de Christiano Luna de Almeida, acusado de matar o segurança Jefferson Bruno Gomes Escobar, o ‘Brunão’, a chutes em uma boate na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, vai alegar legítima defesa em novo julgamento que ocorre nesta quarta-feira (1º). O primeiro júri, de 2017, foi anulado.

José Belga Assis, advogado de Christiano, disse ao Jornal Midiamax que seu cliente não deveria ir a júri e que há ‘excessos’ de acusações. Ainda segundo o advogado, se não houver a absolvição de seu cliente, a defesa vai pedir pela desclassificação do crime de homicídio doloso. Segundo José, o cliente não teve a intenção de matar ‘Brunão’.

A mãe do segurança conversou com o Jornal Midiamax e disse que espera por Justiça. “A gente pensava que já tinha acabado. Não imaginávamos passar por tudo isso de novo”, disse Edecelma Gomes Dias, de 50 anos.

A cozinheira ainda relatou que o pai de ‘Brunão’ morreu sem ver a Justiça ser feita, e que no primeiro julgamento todos tinham ficado felizes com a condenação de 17 anos dada a Chistiano pelo assassinato. “Ele sempre vai ser um assassino, e da Justiça de Deus ele não escapa”, finalizou.  

Júri anulado 

Em 2017, Christiano chegou a ser condenado a 17 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio doloso e injúria racial. A morte de ‘Brunão’ foi agravada ainda por ser praticada por motivo fútil e de maneira que dificultou a defesa da vítima.

O caso

‘Brunão’ trabalhava como segurança na casa noturna, quando foi espancado e morto por Christiano Luna. A morte do segurança foi registrada pelo circuito de câmeras da boate. As imagens exibem Christiano, na época acadêmico de Direito, sendo retirado do estabelecimento por ter passado a mão nas nádegas de um garçom por duas vezes.

O segurança foi quem alertou o rapaz primeiro, dentro da boate. Lá fora, Christiano foi dominado pelos seguranças, mas quis ficar no local. Entre um golpe e outro, o rapaz acertou o peito da vítima com um dos pés. ‘Brunão’ morreu no local, antes do atendimento. Após 6 anos, Christiano foi condenado a 17 anos de prisão. No entanto, o julgamento acabou anulado.